Por: André Nascimento, Eduardo Magalhães, Guilherme Oliveira, Luiza Boareto e Maísa Melo.
Brasil nos noticiários do mundo inteiro. Portas abertas para eventos esportivos, imprensa e torcedores. Mas como somos vistos pelas pessoas que vêm nos visitar? O Brasil em 2014 é palco de um dos maiores eventos internacionais a Copa do Mundo da Fifa. Nosso país a muito tempo recebe turistas de diversas nacionalidades por inúmeras razões, mas o momento se tornou ainda mais propício a um estudo. Mergulharemos neste intercâmbio cultural para descobrir as características mais fortes da cultura brasileira e entender qual a imagem é passada para quem vem de fora conhecer nosso país.
O Brasil é um mundo completamente diferente para mim em comparação com a minha cultura. Ele é mais livre, mais original, mais aberto.
Mo durante um jogo da Copa do Mundo da Fifa no Brasil
Nascida em Qinhuangdao uma cidade a 300km de Pequim, China, Mo Guo, 23, está no Brasil pela primeira vez. Tendo como maior sonho conhecer o país, ela se voluntariou para trabalhar na COPA na cidade sede de Salvador, Bahia, . Atualmente cursa língua, cultura e literatura na Universidade de Aveiro, em Portugal. Foi nesta instituição que ela aprendeu um pouco sobre a cultura brasileira ao estudar literatura da língua portuguesa e conhecer obras e autores brasileiros. Quando questionada sobre sua reação ao chegar ao Brasil, Mo contou que não foi tão surpreendente, pois já havia estado em outros países como a África onde o choque cultural é grande. Mas ela completou dizendo que se um chines viesse ao Brasil ficaria abismado, pois aqui é uma mistura de tudo, onde as coisas organizadas e desorganizadas convivem em harmonia. “Para mim, Amazônia é terra única do paraíso no mundo. O Brasil é um mundo completamente diferente em comparação com a minha cultura. Mais livre, mais original e mais aberto.” Encantada com a cultura, os costumes e o povo brasileiro, Mo ainda disse que nos próximos dias de sua visita vai conhecer a Chapada da Diamantina e logo após o jogo do dia 1 de julho irá para São Paulo. “Vou para morro de São Paulo”. Antes de ir embora também dará uma passada pela cidade Maravilhosa, o Rio de Janeiro.”
Os estilos musicais naturalmente brasileiros, atraem curiosos de diversos países. É o caso do Estudante Oliver Carter. Para ele, o Brasil é um país exótico e as pessoas são hospitaleiras e comunicativas. Ele gostou de conhecer a luta dos negros no país e viu essa história refletida em alguns dos ritmos que pesquisou, como o Samba e a Capoeira. “Gostei muito da batida dos tambores”.
Ele veio ao Brasil a pedido da família e com a intenção de conhecer algo diferente. Visitou Porto alegre, Florianópolis, Bahia e, agora, Minas Gerais. Se surpreendeu com a diferença cultural que existe dentro do país. “Acho o Brasil um país exótico. Sua cultura, estilos de músicas e comidas são muito diferentes de onde eu moro. As pessoas são hospitaleiras e bem comunicativas.” Assim como muitos outros turistas, Oliver não escapou das tristes cenas de pobreza e miséria. Perguntado sobre as favelas, ele diz de imediato que não gostou. E completou dizendo que percebeu as dificuldades das pessoas que passam necessidades ou vivem nas ruas. Para ele, faltam muitas coisas nas periferias como escolas, hospitais e atividades culturais.
Marlee aprendendo ritmos brasileiros no djembe
A australiana Marlee Nebauer, 17, veio ao Brasil em 2013 por um programa de intercâmbio escolar. A música e a dança, também, foram influências na hora de escolher o país. Sobre a impressão que teve da nossa cultura, Marlee destaca a alegria do povo brasileiro. “As pessoas são muito alegres e todo mundo dança. A vida brasileira é melhor que a australiana, por que a gente não demonstra tanta alegria”. O típico arroz e feijão e a culinária brasileira em geral também despertaram a atenção da australiana. “O Brasil tem muita comida boa, tipo açaí.”. A jovem também teve contato com a realidade das favelas brasileiras, o que a deixou triste. Em contraponto, ela destaca um lado forte do brasileiro de estar sempre emanando alegria.
O Brasil é um país tão diverso que definir sua cultura é um desafio. O país do samba é, também, país do futebol, do arroz com feijão, das famosas favelas… A hospitalidade é o que fica, o que marca. É o que sempre atraiu e ainda atrai pessoas do mundo inteiro. Seus mais de 200 milhões de habitantes fazem dele um país rico em diversidade cultural e em hospitalidade.
Editora: Maísa Melo.
Repórteres: Ana Rezende, André Nascimento, Eduardo Magalhães, Guilherme Oliveira e Luiza Boareto
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