http://www.youtube.com/watch?v=rNtbS8bDenk
Por Fernanda Silva e Marina Magalhães.
O projeto Chuva de Música, na sua primeira edição, promove uma apresentação musical do saxofonista e clarinetista Paulo Cota, em frente à Igreja São Pedro todas as sextas-feiras, das 18 horas às 19 horas.
Promovido pela Secretaria de Cultura e Turismo de Mariana em parceria com a Prefeitura Municipal, o projeto foi pensado inicialmente para a população apreciar as músicas de suas casas. Mas, com o passar do tempo, elas começaram a se deslocar para os arredores da Igreja e a assistir a apresentação no local.
De acordo com José Luiz Papa, coordenador da Secretaria de Cultura e Turismo de Mariana e responsável pelo projeto, afirma que devido à repercussão na cidade, algumas vans com turistas vão à procura da música e encantados com ela, solicitam juntamente com a população que a apresentação se prolongue.
Há quanto tempo existe o projeto?
JLP – Acontece a dois meses consecutivos, sendo a primeira edição do projeto. Primeiramente, houve um período de experiência para a aprovação/reação dos moradores. A aceitação está sendo superior ao esperado e isso nos possibilita tranquilidade para continuar e ampliar o projeto, inclusive com sugestões.
Porque o projeto é realizado no mesmo horário, local e dia?
JLP – A ideia do Chuva de Música é para a população marianense, ao chegarem do trabalho ou até mesmo aqueles que estiverem nas ruas possam escutar o som de uma música clássica e bem instrumentalizada. Acontece na Igreja São Pedro, pois ela se localiza num dos pontos mais altos de Mariana e abrange toda a cidade, com o objetivo de espalhar um som calmo para todos. A manutenção nas sextas-feiras é para que a população se familiarize e também para estimular os turistas que procuram atrações em Mariana.
Qual foi o critério da escolha do músico? Há alguma possibilidade de se fazer um rodízio de artistas?
JLP – Iniciamos com o músico Paulo Cota, saxofonista e clarinetista há 40 anos na cidade de Mariana, mas pretendemos ampliar esse projeto, alternando artistas, instrumentos e ritmos, como violão, trompete e cavaquinho. Além disso, estamos buscando parcerias com orquestras e com o Festival de Inverno, que acontecerá durante o mês de julho em Ouro Preto e Mariana, que estará trazendo cantores de renome.
Qual a relação da música com a cidade de Mariana?
JPL – O estado de Minas possui quase 700 bandas de corporações musicais, e na cidade de Mariana se encontram 11 delas, contando a cidade com seus distritos. A relação com a música é ampla. Toda ligação possível que uma cidade pode ter com a música, Mariana tem. Veja por exemplo o Museu da Música, fundado pelo Arcebispo Dom Oscar de Oliveira na década de 1960, em que abriga documentos que tem ligação com a prática musical desde o início da história da região e todos os tipos de música, sejam elas em latim, portuguesa, de coral, bandas e orquestras.
PAULO COTA – músico da cidade de Mariana.
Chuva de Música sob o olhar de Paulo Cota.
Em seus 40 anos de música, você já participou de outros projetos além do Chuva de Música? O que acha dessa iniciativa?
PC – Esse é o primeiro projeto que estou participando e acho válida a proposta, pois incentiva as pessoas a tocarem instrumentos musicais e aqueles que já tocam continuarem a transmitir tranquilidade que a música proporciona. O projeto Chuva de Música tem esse objetivo, no qual as pessoas ao ouvirem o som, se sensibilizem trazendo recordações e paz espiritual. O ambiente e o estilo da música contribuem para garantir uma sensação de bem-estar para toda a população.
Qual a escolha do repertório das músicas?
PC – Geralmente escolho as músicas, optando pelo repertório clássico e católico ou através de pedidos de pessoas nas ruas.
Quem o incentivou a tocar?
PC – Meu pai me incentivou muito. Através dele, comecei em bandas na Sociedade Musical Santa Cecília de Passagem, em Mariana e a partir disso, fui aprimorando ainda mais na carreira musical.
Quais instrumentos você toca, além do saxofone?
PC – Apenas o clarinete e o sax.
Quais são os lugares de apresentação? E qual a relação da sua religiosidade com a música?
PC – Procuro agradar e juntar os dois lados, pois aprecio muito à religião e tenho o costume de tocar em igrejas, casamentos, missas e também em restaurantes.
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