Edição e Reportagem: Fábio Brito e Jaqueline Mandarino Fotos: Fábio Brito
Em Itabirito, já começaram os preparativos para a 23ª edição da Julifest, que acontece na segunda semana de julho e é tradição na cidade. Sua primeira edição foi em 1991 e desde então é o evento mais esperado pelos moradores, depois do Carnaval. Em 2012, o festival reuniu cerca de 54 mil pessoas, entre elas, moradores e visitantes. Para a moradora Laura Braga, que participa da Julifest há 6 anos, o evento traz visibilidade para a cidade por causa da vinda de turistas e permite a interação das pessoas.
Arena da festa já está sendo preparada. O festival acontece na segunda semana de julho.
Segundo a secretária de comunicação da prefeitura de Itabirito, Carmem Santiago, “o Julifest envolve a maioria das secretarias e grande número de fornecedores. O turismo disponibiliza as informações para quem visita a cidade, acompanha o fluxo de turistas, etc. A segurança e trânsito, como o próprio descritivo diz, garantem a segurança da festa e liberação de vias. Enfim, toda a prefeitura se envolve na Julifest”.
Realizado esse ano de 11 à 14 de julho, atrações musicais estão sendo esperadas. De acordo com Carmem, os contratos ainda estão sendo fechados. Ela afirmou que dentre outras atrações do Julifest, “há uma expectativa de trazer shows maiores, como Cesar Menotti & Fabiano, Jorge Ben Jor, Calypso e Fernando & Sorocaba”.
Placa da barraca da Associação do bairro Munu no local da festa
As barracas do festival
O festival acontece em uma área próxima ao centro da cidade e as barracas das associações de bairro já estão sendo construídas no local. A distribuição das barracas é feita por um sorteio, realizado semanas antes pela Prefeitura Municipal.
As barracas devem possuir um padrão de construção, seguindo um modelo mais rústico. Geralmente são utilizados tijolinhos e pau à pique, como conta o Vice-presidente da Associação do bairros Monte Verde, Wagner Silva, em entrevista por telefone.
Em sua primeira participação no festival, Wagner disse que não tem grande pretensão em ganhar, mas que a construção está sendo feita de acordo com os padrões, pois caso ganhem, o dinheiro arrecado será revertido para a construção da sede da Associação do bairro. No concurso de barracas, são premiados os três primeiros lugares.
Para esse ano, os padrões exigidos para posterior avaliação do público e dos jurados no concurso de barracas, segundo Carmem, devem ser inspiradas no clima de roça, característico das festas juninas, com espantalhos, bandeirinhas e fogueira.
Barraca dos Bairros Monte Verde e Veneza já estão sendo construídas.
De acordo com Carmem, a Julifest foi criada para as associações. “A festa possui um forte caráter cultural, econômico e social, Todo o dinheiro arrecadado é direcionado para a execução de projetos de infraestrutura, saúde, educação, cultura, atendimento a crianças, jovens e idosos que são priorizados nos planos de trabalho anuais de cada entidade”. Para a moradora Laura, outra característica importante do concurso de barracas é promover a interação dos vizinhos em torno de um objetivo comum.
Fora a beleza das barracas, durante os dias de festa, são comercializados quitutes e bebidas típicas do festival, como o pastel de angu. Riqueza culinária da cidade, a iguaria foi criada no século XIX pelas escravas Maria Congá e Philó, que foram as primeiras a usarem sobras de angu junto com um guisado de umbigo de banana. Laura afirmou que a falta de carne é o que levou esse pastel a ser feito com recheio de umbigo de banana. Hoje em dia segundo a moradora, são usados diversos recheios, como carne, frango, entre outros.
Barraca ganhadora do concurso em 2012. Foto: Adalberto Oliveira
No domingo à tarde, último dia da festa, a programação é voltada para a família. Segundo Laura, as associações comunitárias servem um almoço para o público nas barraquinhas, exaltando a culinária local.
No ano passado, o tema da Julifest foi “O Caipira e a formiga”, uma homenagem aos garis da cidade. A ganhadora do concurso de barraquinhas foi a associação do bairro Munú.
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