Rádio FM é uma banda independente de rock nacional e internacional que toca covers, desde clássicos dos anos 60 até os dias atuais. Inspirados em bandas como The Beatles, Guns N’Roses e Barão Vermelho, a banda foi criada em 2011, em um estúdio de Niterói, pelos amigos Rafael, Rodrigo, e Marcelo. Ao longo dos anos, a banda teve diferentes formações. Apenas Rafael e Rodrigo, baixista e baterista, continuam da primeira formação, agora, com mais quatro membros: Mariana Gama e Victor Salzeda no vocal, e Fernando Magalhães e Rodrigo Banho na guitarra.
Conversamos com o Rafael Ayala, por Skype, Rodrigo, por email, e Mariana, via Skype. Eles falaram sobre como é manter uma banda independente no Rio de Janeiro, os ensaios e suas expectativas.
Como você concilia o tempo para a banda e suas outras atividades?
Rafael: Concilio bem, tenho que ter muita disciplina. Ensaio semanalmente quinta-feira à noite. Além dos ensaios, abuso um pouco do meu tempo livre para estudar as letras das músicas.
Rodrigo: O fator tempo é muito complicado. Tenho minha profissão e vivo disso, mas sempre arrumo um tempo para fazer o que gosto.
Mariana: Ensaiamos durante a semana, toda quinta, das 22h à 00h, porque também é complicado o horário para nós. Por exemplo, o baterista é chefe da fisioterapia de CTI de um hospital daqui, então ele dá plantão e é muito complicado conciliar o tempo. Às vezes [ensaiamos] aos domingos, que é nosso dia de emergência.
Que tipo de música vocês tocam?
Mariana: Fazemos covers de rock dos anos 60 até os dias atuais, nacional e internacional.
Vocês vão gravar um CD, terão músicas próprias?
Mariana: Estamos com um projeto, mas sem composições nossas, apenas com o repertório que ensaiamos, para autocrítica. Utilizaremos como material de divulgação para os eventos que formos chamados.
Você escreve? Qual a inspiração de vocês?
Mariana: Cada um tem uma vertente diferente. O Rodrigo (baterista) e eu somos fãs dos Beatles, um dos guitarristas é mais fã de rock pesado, como AC/DC. O outro guitarristas se inspira em Barão Vermelho, Legião Urbana.
Você compõe músicas?
Rafael: Na Banda Rádio FM, apenas cover. Mas eu tenho um projeto com outra banda e trabalhamos com cover, e também fazemos composição de músicas.
Mariana: Não trabalhamos com as composições ainda, não usamos isso como material. Estamos entrando nisso agora, então não temos um caminho.
Você também canta?
Rafael: Sim, às vezes me arrisco.
Você vê a música como uma profissão ou apenas como um hobby?
Rafael: Até os 15 anos, acreditava que dava para viver de música, mas hoje vejo que não. Trabalho com telecomunicações, mas levo a música como um hobby sério, algo semiprofissional.
Rodrigo: Não penso em viver de música, não tenho essa utopia, até porque a música exige uma dedicação com estudos e o fator tempo atrapalha isso. Pra mim é uma terapia, um hobby.
Mariana: Meu sonho é viver de música, então eu espero crescer muito. Muitos dos meninos não levam como prioridade, porque eles trabalham, mas eu levo como um investimento para o futuro.
Qual a maior dificuldade de ter uma banda independente?
Rafael: A maior dificuldade é manter a formação unida. Precisa de dedicação, fazer por amor e não há nenhum benefício financeiro em troca.
Rodrigo: A grande dificuldade, na minha opinião, é a falta de espaço para as bandas independentes. Hoje, se você quiser se destacar e conseguir um espaço, você terá que se unir a uma “modinha”. Toco o que gosto de tocar, o estilo que curto ouvir e dentro deste contexto existem milhares de bandas que são boas e buscam espaço para tocar e mostrar seu estilo musical.
Mariana: Patrocínio é a pior coisa. Você ter oportunidade mesmo, eventos, pessoas que chamam. Esse é o maior problema, o contato. Se você tem alguém que te indica, você toca em qualquer lugar.
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