Posted by admin On março - 4 - 2013

“Sensacionalismo é geralmente o nome dado a um tipo de postura editorial adotada regular ou esporadicamente por determinados meios de comunicação, que se caracteriza pelo uso exagerado de determinadas expressões que não correspondem exatamente àquelas utilizadas por quem participou dos fatos, ou por argumentos pessoais dos âncoras (apresentadores), enraizados em expressões pessoais, chulas, e até mesmo preconceituosas, não apresentando qualquer ligação com a realidade. O sensacionalismo, além de caracterizado pelo apelo emotivo e pelo uso de imagens chocantes na cobertura de um fato, também se caracteriza pela capacidade de induzir o telespectador a prender-se a fatos em sua maioria distorcidos, trazendo à tona uma realidade irreal e alterada do cotidiano. Exagero de tal fato exibido com muitas cenas emotivas e de certa forma generalizando o tema exibido.”

Como podemos observar na definição do sensacionalismo, vários programas policiais  adota essa postura como forma de apresentação das notícias. No jornalismo policial da televisão, cujo assunto preponderante é a violência, as reportagens são, geralmente, repletas de apelo sensacionalista. As vítimas ou seus familiares emocionados, a linguagem descritiva, as tomadas de câmera aproximativas: elementos que oferecem uma carga dramática ao espectador, que é informado do que e de como ocorreu.

Um exemplo é o programa Rota 66 da TV Diário do Ceará, que  mostra corpos desfigurados e banhados em sangue. Há também um site de Alagoas que acompanha os crimes brutais, mostrando corpos mutilados, o curioso é que este site é patrocinado pelo Governo

do Estado. Já aqui em Minas Gerais e em toda região Sudeste temos como exemplos os programas Balanço Geral da Rede Record e Cidade Alerta da Band. Esses programas tem como objetivo informar as ocorrências do estado e do país, mas muitas vezes retratam fatos bárbaros ou crimes brutais como aqueles que envolvem a falta de respeito que ferem a dignidade humana. Como no caso da tragédia de Santa Maria, em que esses programas deixaram de noticiar o fato e mostraram imagens fortes e cenas comoventes de familiares das vítimas. Surge a questão, qual  o objetivo desses veículos: noticiar ou impressionar?

Incessantemente esses programas apelam para o sensacionalismo, mostrando histórias de pessoas deficientes, mostrando-os como  incapazes.  É notória a exposição demasiada que esses veículos fazem dessas pessoas,que muitas  vezes não sabem o quanto estão sendo expostas. Na maioria das vezes esses veículos relatam essas histórias para comover e atrair a atenção do expectador.

Diante de um cenário tão confuso, onde se mistura humor, sangue e audiência, é plausível uma reflexão sobre esse assunto que se torna cada vez mais comum em nossa sociedade.

Por Ana Luísa Reis,José Sampaio,Dalilia Caetano,Thiago Huszar,Felipe Guadalupe

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