Posted by admin On outubro - 15 - 2010

Falou-se muito, durante este processo eleitoral, que ainda não terminou, sobre as questões que envolvem o exercício da democracia. Vivemos, teoricamente, em um país democrático. Ir às urnas é uma das formas de praticar esse regime de governo. Questiona-se a obrigatoriedade do voto, as campanhas dos candidatos à presidência, a reeleição, a necessidade de renovar o poder, o nível de conhecimento da população na hora da escolha, entre outros pontos. A mídia, principalmente no Brasil, de acordo com o papel exercido pela mesma neste processo de construção democrática, vacila, não corresponde ao que se espera dela.

Um dos pilares defendidos pelo Jornalismo é a imparcialidade, o bom senso no momento da edificação de um texto informativo. Não podemos afirmar que a imprensa brasileira usufrui deste postulado. Estas eleições presidenciais serviram, tem servido, para reiterar o que já é deveras questionado. Por que o sistema informativo brasileiro rende-se desta maneira à jogos de interesse, de poder, em detrimento a sua atribuição, por excelência, de mediador?

Além de já vivenciarmos uma disputa política “torta”, na qual candidatos preocupam-se mais em falar mal do adversário do que apresentar clara e objetivamente suas propostas de governo, temos uma imprensa fraudulenta, que se veste com um discurso isento de partidarismos e comprometido com o público.

Será tão difícil deixar o país caminhar com suas próprias pernas? Eu acredito em nós, eu confio no povo, sei que ele tem condições de construir uma opinião, sem que grandes corporações estabeleçam alguma verdade e a definam como melhor solução para os problemas que nós enfrentamos. Sou do partido que defende a inteligência dos brasileiros. E, não, eu não acho que o nosso telespectador se parece com o Homer Simpson.


Camila Dias de Souza

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