Posted by admin On outubro - 6 - 2010

Texto de Fernando Gentil, Luana Viana, Mayara Gouvea, Olívia Mussato, Rodolfo Gregório.

O CQC foi ao ar na última segunda-feira como uma edição especial das Eleições 2010. No entanto, àquela altura, todos já haviam acompanhado a apuração dos votos e outras coberturas, feitas ao vivo. ”Quem quer comprar o jornal de ontem com notícias de anteontem?”, já perguntava Frejat na música Fúria e folia.

Mas o que chama a atenção do público do CQC não é só o conteúdo, mas principalmente o formato do programa. Não importa se a notícia é velha, porque o modo como o programa a narra é novo. O humor sarcástico dos repórteres satisfaz o desejo que os telespectadores têm de jogar na cara dos políticos algumas ”verdades”. O que mais importa não é saber o que aconteceu durante as eleições, mas o que os repórteres perguntaram e ouviram dos políticos.

A tentativa de representar a voz do povo também se deu de forma fictícia com uma mini novela. A todo momento, os políticos, eleitos ou não, eram provocados de forma a mostrar seu lado mais obscuro. Um dos exemplos mais explícitos foi a pergunta feita ao apresentador e cantor Netinho de Paula, se ele iria revogar a Lei Maria da Penha. Lembrando que Netinho foi acusado diversas vezes por agredir suas ex-mulheres. As provocações em Gabeira também foram o foco do sarcasmo dos repórteres sobre o caso das passagens aéreas. Pavio curto? Preparem-se: a pólvora está próxima e o fogo prestes a ser ateado.

O humor atinge, incomoda e faz sucesso. A notícia não fica presa aos acontecimentos, ela se desenrola, se enrola, embaraçando-se no pescoço de quem pode se enforcar.

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