Posted by admin On novembro - 23 - 2010

Grupo: Fernando Gentil; Luana Viana; Mayara Gouvea; Olívia Mussato; Rodolfo Gregório

Nem tão Superinteressante foi a abordagem da notícia “Postura correta faz bem para o homem, mas nem tanto para a mulher”, publicada em 11 de novembro no site da revista. O título é curioso ou pelo menos pretende incomodar. Mas como é de praxe desconfiar das generalizações, arriscamos continuar lendo a página para colocar em cheque mais um dos pré e pós-conceitos mal refletidos sobre gêneros.

Imperativos, frases excludentes, uso de negritos e senso comum recheiam a interpretação do estudo da Universidade do Colorado (EUA) “discutido” pela Superinteressante. Já de início, não se sabe o número certo de homens e mulheres que compuseram o voluntariado da pesquisa. Ok. 60 voluntários, mas foram 30 homens e 30 mulheres? Como analisar de maneira correta o real peso dado a cada gênero?

Depois de mostrar que os homens com postura correta obtiveram melhores resultados, a dicotomia entre gêneros é então colocada: as mulheres que ficaram curvadas, classificadas como as que não estavam com “pose de miss”, se saíram melhor nos testes. Mas o supersurpreendente da notícia é a resposta para o porquê de tal diferença: “a postura curvada talvez pareça mais natural para elas, por ser associada a um status mais baixo…”.

A velha e maçante ideia da inferioridade feminina na escala social, baseada em especulações dos pesquisadores. Especulações? Nada mais leigo e prematuro… Não adianta se esquivarem da comunidade médica, defendendo que não há incentivo à prática da postura incorreta pelas mulheres. O pior já foi receitado. Polêmica sem bons argumentos vira fofoca. Fofoca científica? Melhor nem definir…

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