Posted by admin On fevereiro - 27 - 2014

Anna Clara Antoun

A Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI), publicou em Julho de 2011 o estudo ‘’ A aplicação dos gastos governamentais em Educação na pauta dos veículos impressos brasileiros’’. Neste, foi analisado o percentual sobre o total de notícias sobre Orçamento de Educação para 61 jornais e 4 revistas, em 2006. A pesquisa traça um panorama acerca de como a mídia exerce – ou não – um papel proativo no agendamento do debate público e no controle social do orçamento governamental direcionado às políticas educacionais.

O estudo afirma que quase metade das matérias sobre Orçamento e Educação publicadas ao longo de 2006 não apresentou os valores destinados à área, um percentual muito grande tendo em vista de que estamos tratando de uma seleção de notícias sobre orçamento. Na tabela de percentuais, apenas sete deles possuem valores ‘’significativos’’, sendo que o primeiro se refere ao gasto total com a Educação(21,1%) e o segundo ao gasto referente à Educação comparado e relativizado ao Orçamento Público Total(11,5%). Partindo do princípio que as matérias são sobre Educação, não cabe compara-la a setores como Saúde e Segurança, e sim desmembrar este primeiro setor afim de chegar a conclusões mais específicas.

Ao nos voltarmos para a função social do jornalismo – de cobrança de ações e proposição de soluções para os problemas pertinentes a esse debate – os dados não se mostram tão animadores. Poucas foram as notícias que questionaram os números e decisões orçamentárias apresentadas ou relacionaram causas, consequências ou visões contraditórias sobre um fato. Na maior parte dos casos, esses elementos não estiveram presentes em mais do que 5% das notícias.

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