Posted by admin On fevereiro - 24 - 2014

Rayssa Girassol*

Esperando os adolescentes sem muito saber o que dizer, avistamos eles meio envergonhados entrando no portão. Não sabíamos que por trás da vergonha e do silêncio no primeiro encontro, haveria uma inquietação em aprender. A mesma inquietação que posso citar sendo uma necessidade de interação e formação social, inquietação que busca produzir e reproduzir.

Mas para nossa surpresa havia muito o que dizer. De forma que em quatro encontros, encontramos novos leitores ávidos a absorver tudo que estava sendo explicado. Por cada laboratório, cada sala, estúdios de rádio e TV visitados. Todo um simples complexo de comunicação da universidade e mais vontade de aprender sobre o mundo que os pertence mas ninguém explica.

Essa pequena visão sobre esse projeto, se deu a entender que a alienação por parte do público que queremos atingir, é responsabilidade de cada um que deseja seguir a profissão. Podemos perceber isso ao vermos que esses meninos, como tantos outros, não tem um incentivo ao senso crítico sobre a realidade em que se encontram.

Nesses momentos a participação foi intensa e o trabalho pedido cumprido com esmero. Eles começaram a aprender a largar aqueles adolescentes do primeiro encontro do lado de fora e trazer para a sala, tudo que podiam oferecer e levar um pouco do que nós tínhamos a oferecer. Essa troca de experiência fez com que entendêssemos a importância de se criar novos leitores, capazes de desenvolver um senso crítico em relação ao que lhe é passado nos diferentes meios de comunicação e a partir dessa reflexão, entender sua própria liberdade de expressão e os limites pelo qual devem seguir.

*texto revisado apenas pelo autor.

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