Posted by admin On julho - 2 - 2013

por Carolina Lourenço, Flávia Silva, Gabriela Costa, Samuel Perpétuo

A Rolling Stone é uma revista de entretenimento mensal, criada em 1967, na cidade de São Francisco, por JannWenner (editor e publicador) e Ralph J. Gleason (crítico musical).Criada nos Estados Unidos, atualmente, a revista conta com várias edições internacionais que seguem uma linha editorial de acordo com o país. Seuslogan é “A maior revista de entretenimento do mundo” e o público alvo são pessoas de classe média, o que pode ser percebido por meio das propagandas espalhadas pela revista.

A publicidade está na revista de forma estratégica, pois, por mais que não estejam inseridas nas páginas de matérias, elas estão em destaque ocupando páginas inteiras entre as repostagens. Um exemplo é a propagando do chocolate Kit Kat na edição 70, que ocupa oito páginas seguidas logo após a reportagem de capa. No início da revista, as publicidades chegam a tomar de nove a 13 páginas seguidas, antes do inicio do conteúdo, marcado pelo índice.

Não há um espaço específico para apresentar a linha editorial da revista, que pode ser depreendida no conteúdo. Por ser uma revista de entretenimento sobre cultura pop, a linha editorial está ligada a uma definição de cultura, e dentro desses padrões estabelecidos pela revista as figuras dos ícones pops marcam toda a abordagem de conteúdo. No recorte feito pela revista, tanto essas personalidades já consagradas, quanto os fenômenos da internet pautam o conteúdo da Rolling Stone. Nesse sentido, o foco das notícias está sempre na personalidade, – seja ela consagrada ou não – e não no movimento social que envolve o estilo musical ou no público de um grande festival.

Vários exemplos podem ser dados. Entre eles, o caso do tecnobrega, que só entra na revista através da figura da Gaby Amarantos, que fez um grande sucesso como a Beyoncé do Pará no incío da carreira e acabou se consagrando como uma das musas da música brasileira (Edição 73, p. 46). A Rolling Stone reforça a construção de ícones pops no Brasil e no mundo. Exemplo disso é a capada edição 69 que traz o lutador Anderson Silva vestido de Michael Jackson e o título “A vida pop do rei do ringue”. A revista apresenta o Anderson Silva, que é uma figura com grande destaque em todo o mundo – um ícone em ascensão –, fazendo analogia ao maior ídolo do pop mundial que é o Michael Jackson.

Essa marca de focar nas personalidades pode ser percebida não só nas capas, mas também nas fotos que ilustram a revista. Na edição 79, que falou sobre o Lollapalooza, as fotos mostravam sempre os artistas. O público ficava em segundo plano em algumas imagens e em outras nem mesmo aparecia no quadro. A política nacional ganha um espaço fixo na revista, e também nessa editoria – na maioria das vezes – ospersonagens ganham um foco maior, sendotrabalhados através de entrevistas e em casos mais específicos como o do deputado Tiririca, que ganhou mais páginas que o normal reservado para editoria na edição 79.

Nas editorias fixas há reportagens, política nacional, Arquivo Rolling Stone, e um guia com resenhas de filmes, DVD’s, games e livros. Os filmes apresentados geralmente têm umaalta expectativa de bilheteria,entretanto isso varia de acordo com a data do lançamento ou com a importância cinematográfica do filme, pois também se fala dos clássicos como ET, Tubarão e Dançando na chuva. A sessão DVDtambém varia entre filmes e shows. Já os livros respeitam a linha e editorial da revista e, vão de biografias a romances.

As fotos conversam com as matérias. Se o assunto for, por exemplo, o Kurt Cobain ou antiga formação da banda Titãs será usada uma foto de arquivo, se ele for atual, serão produzidas fotos. Em uma reportagem sobre a vida de Luís Fernando Veríssimo na edição 73, por exemplo, de oito imagens, duas foram produzidas e o restante são foto de arquivo. As fotos produzidas são retratos que apresentam o autor no tempo atual, conforme o que foi dito na matéria de título “O resto é silêncio”. A foto que acompanha a abertura da matéria é Luis Fernando sentado em uma poltrona na sua biblioteca, remetendo ao título e a visão pacata que a revista apresenta dele. As outras seis imagens mostram momentos da vida do personagem desde criança, até sua consagração na carreira.

Quanto ao enquadramento, as fotos variam de acordo com a matéria, podendo até mesmo ser recortados para melhorar a diagramação da página. No projeto gráfico, as matérias são dispostas em blocos e a colunagem varia de duas a cinco colunas de acordo com as editorias. Na editoria “Guia”, por exemplo, a página é trabalhada com o peso das resenhas, que são dispostas de acordo com a relevância do produto, variando o layout da página.

Diante da sua linha editorial, a revista não tem um caráter muito interativo. O contato com os leitores se limita à sessão “Cartas – mensagens de amor e ódio”, em que o público envia comentários sobre a última edição. As mensagens são selecionadas, resumidas e publicadas em uma página específica.

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