Posted by admin On abril - 15 - 2013

Por Bruna Fontes, Cristiano Gomes, Dayane Barretos e Laura Vasconcelos

 

A Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI) é atualmente um dos principais sites que fornecem um conteúdo de qualidade e de auxílio aos profissionais da área da comunicação no Brasil e no mundo. Em um espaço bem dinâmico é possível encontrar diversos links e dicas para a realização de uma produção jornalística. Pensando em adaptar alguns aspectos salientados pela agência com relação ao tema da infância e juventude em consonância à realidade em Mariana (MG), foi construído um projeto que teve por objetivo tentar montar um perfil do jornalismo exercido pelo folhetimPonto Final, que circula semanalmente na cidade histórica.

Site da ANDI                                                    

 

 

Jornal  Ponto Final

 

Na construção do projeto de análise, foram elencados vários critérios,  que juntos, conseguiram mostrar um pouco mais sobre a abordagem realizada pelo jornal com relação ao tema em questão. Nas sete edições analisadas, apenas  7 publicações (5 matérias,  1 coluna e  1 artigo)  apresentaram, mesmo que de forma substancial, informações sobre a temática. No monitoramento realizado pela ANDI, por meio de seu site, as matérias do PF, não estão presentes no clipping – reunião de links das matérias publicadas em todo Brasil. Fato que chama a atenção, mesmo por ser um jornal de pequena circulação, seria interessante a anexação de tais matérias.

Clipping disponível no site da ANDI

Um dos critérios analisados foi  as pautas do jornal, que em sua maioria, apresentam assuntos ligados a editoria de gerais. Com relação à infância e adolescência,  o jornal  utiliza matérias voltadas para a área da educação,  tendo como fonte principal a Prefeitura Municipal de Mariana, através da Secretaria de Educação. Nas publicações, é possível identificar a ausência de qualquer menção ao Estatuto da Criança e do Adolescente por meio da LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Nota-se, mesmo presente em outros jornais que não este da análise que, esta referência só é utilizada em casos negativos referentes à parcela infantojuvenil.

 

Após as consultas nos exemplares, a linguagem se tornou um outro ponto de análise, sendo possível identificar que o PF chega a variar de acordo com a abordagem. Mesclando entre concordar com os argumentos das fontes ou simplesmente utilizar de expressões  como “situação lamentável” (Edição 882), de certo modo, o folhetim consegue  externar o posicionamento adotado. Neste exemplo, o jornal se mostra claramente contrário à situação imposta aos pais para conseguirem nas creches municipais uma vaga para os seus filhos.

Exemplares de alguns periódicos analisados

 

Mesmo em diferentes matérias, nota-se também o enquadramento do jornal, que faz menção de releases, notas divulgadas pelos órgãos administrativos, em destaque à Prefeitura da cidade, além de boletins de ocorrência, tentando assim fomentar a credibilidade. Dentre as publicações, respeitando cada qual o seu estilo, é possível perceber ainda a ausência de fontes,  que consigam comprovar as informações fornecidas pelo PF.

 

De acordo com o site da ANDI, 11% da população brasileira, enquadrada no público juvenil, não se veem nas abordagens jornalísticas, o que causa uma exclusão desta parcela na pauta de quem o escreve. A solução que a Agência de Notícias dos Direitos da Infância propõem é embasar-se nos desafios e alternativas impostos pelo tema “para superar o estigma da adolescência como problema e garantir o direito à participação cidadã dos adolescentes”.

Categories: Destaque

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