Bate-bola com a coordenadora da Comissão Científica do Intercom Sudeste 2012, Adriana Bravin

por Mickael Barbieri

A coordenadora da Comissão Científica e professora da Universidade Federal de Ouro Preto, Adriana Bravin, dedicou uns minutos durante o XVII Intercom Sudeste para nos dar uma entrevista exclusiva sobre a programação do congresso.

Adriana Bravin. Foto: Lídia Ferreira.

Como foi montar a programação científica do Intercom Sudeste?

Adriana: Nós organizamos de acordo com a temática Esporte na Idade Mídia, que é a mesma para todos os congressos regionais deste ano e, também, o nacional. Então, a partir deste tema nós montamos as mesas, que são os debates mais teóricos; os painéis, que reúnem os profissionais; mesas para as divisões temáticas; e as demais atividades voltadas para as formações dos estudantes, como os minicursos e as oficinas.

Quais foram as dificuldades encontradas pela comissão Científica para montar a programação?

Adriana: Em um primeiro momento, é definir os nomes dos participantes e dos conferencistas que fazem pesquisa nesta área temática e estejam disponíveis, porque uma dificuldade real e concreta é que não tínhamos recursos para trazer todas estas pessoas. Muitas delas vieram por conta própria, o que podíamos oferecer era uma hospedagem ou alimentação conseguidas através de nossos apoios. E nós conseguimos a presença do Ronaldo Helal, que é um sociólogo e professor da UERJ, pós-doutor que pesquisa a relação entre as ciências sociais e o futebol. Em um segundo momento, a montagem das mesas, tarefa que foi compartilhada com a comissão de Escola e Veículos de Comunicação, com a professora Maria Cláudia Santos. E em um terceiro momento, é ter jogo de cintura e saber lidar com os imprevistos. Por exemplo, na reta final do congresso uma grande dificuldade foi a greve das universidades e dos servidores.

“Não teríamos feito nada sem os alunos. Nós aprendemos muito nesse processo de organização”

Como você avalia a atuação de uma comissão formada por alunos para ajudar na construção da programação científica?

Adriana: É fundamental, pois não teríamos feito nada sem os alunos. Nós aprendemos muito nesse processo de organização, porque são muitos detalhes. Não teve aquela coisa de eu saber mais e eles menos, sendo que muitas vezes eles me alertavam sobre especificidades que eu deixava passar. O mais interessante é que essa comissão que está trabalhando comigo (os alunos Rolder Wangler, Lorena Silva, Thalita Neves, Maysa Sousa, Renata Felício e Adriana Souza) é a mesma desde o início. Alguns deles, inclusive, não fizeram este semestre a disciplina Assessoria de Imprensa para Eventos, ministrada pela professora Nair Prata, mas pediram para continuar na comissão. Eles aprenderam a fazer um evento deste porte e entraram em contato com pesquisadores renomados.

“Hoje o congresso é mais democrático e tem uma participação forte de instituições particulares”

Qual a importância da programação científica do XVII Intercom Sudeste para os alunos de graduação e, também, para os profissionais que já atuam no mercado?

Adriana: Eles podem acompanhar as discussões atuais sobre o tema do congresso, por ser esse um evento muito diversificado, como acontece nas oficinas e minicursos. Mas também entrar em contato com um espaços mais teóricos e conceituais, como as mesas. Além disso, os alunos de graduação podem experimentar se colocar à prova apresentando seus trabalhos no Intercom Júnior e, também, no Expocom.

Como se deu o seu contato com o Intercom?

Adriana: Para mim, este contato não começou como graduanda, porque o congresso era menor e, também, havia mais dificuldade em se participar. Hoje o congresso é mais democrático e tem uma participação forte de instituições particulares. Eu ia muito em encontros de estudantes. Mas quando eu estava na pós-graduação pude apresentar minha dissertação de mestrado em uma edição do Intercom regional, que foi no Rio de Janeiro, e, depois, na nacional, em Porto Alegre. Me impactou, poque era diferente de como é agora, porque a forma de apresentação era diferente de como é agora: eu precisava estudar o trabalho de um colega, fazer um relatório e apresentar, ao passo em que ele fazia o mesmo com a minha pesquisa. Foi uma experiência enriquecedora.

Confira abaixo a completa clicando aqui.

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