O instituto premia anualmente pautas sobre direitos humanos com verba e apoio para a produção dos trabalhos jornalísticos, que podem ser impressos, audiovisuais ou multimídia. Este ano o tema do PJJ foi “Sob a ponta do iceberg: revelando a violência contra as mulheres que ninguém vê”, com 10 pautas escolhidas. A partir dessa temática, Daniela, Larissa e Miriã desenvolveram um trabalho sobre as violências sofridas pelas mulheres atingidas pelo rompimento da Barragem de Fundão, em novembro de 2015.
O documentário acompanha as rotinas de Maria do Carmo, Marlene e Maria Aparecida depois anos depois da tragédia e revela medos, tensões e até agressão física sofridas por elas. As três estudantes integram a equipe do jornal A Sirene, feito pelos e com os atingidos. Como parte da dinâmica da premiação, as estudantes receberam orientações da jornalista Bianca Vasconcelos, da EBC, vencedora de vários prêmios Vladimir Herzog. A professora do curso de Jornalismo Karina Gomes Barbosa foi orientadora do projeto, junto com o jornalista e professor Rafael Drumond, editor d’A Sirene.
Assista ao documentário na íntegra:
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]]>O Curso de Jornalismo irá indicar 3 alunos, regularmente matriculados, para participarem da Semana Estado e do Prêmio Santander.
O tema do evento é Jornalismo em Rede, onde serão discutidas questões como práticas colaborativas, reportagens multimídia, interação com os leitores e novos perfis de profissionais nas redações.
Quem quiser concorrer a uma das três vagas deve enviar nome completo, número de matrícula e e-mail para cojorufop @ gmail.com, até o dia 09/10, para que possamos fazer a seleção e indicação dos/as alunos/as.
Os organizadores do evento entrarão em contato com os/as alunos/as indicados/as, confirmando inscrição e enviando o regulamento ao estudante inscrito. O critério de seleção se dará com base no coeficiente de rendimento escolar e das disciplinas ligadas ao tema do evento.
Os seis finalistas selecionados terão os textos publicados no site do Estadão e receberão um notebook. O vencedor do 12º Prêmio Santander Jovem Jornalista ganhará uma bolsa de estudos para um semestre letivo na Universidade de Navarra, na Espanha, em 2018, e terá o texto publicado no jornal impresso.
Na primeira etapa, que vai até o dia 15/09, os internautas devem indicar professores que tenham sido inspiradores e marcado sua trajetória no curso de Comunicação. Serão válidas as indicações de profissionais que lecionam nos cursos de Comunicação social, Jornalismo, Publicidade / Marketing, Relações Públicas e Rádio & TV.
Leia mais no site do prêmio.
Fonte: Portal Imprensa
Cinco alunos do curso de Jornalismo foram premiados no 10º Prêmio Délio Rocha de Jornalismo de Interesse Público. As reportagens vencedoras na categoria estudante, uma das mais concorridas, foram publicadas no jornal-laboratório Lampião e na revista-laboratório Curinga em 2016.
Em 1° lugar, a reportagem “Marcas invisíveis”, produzida por Mariana Viana e Luísa Campos, discute os efeitos psicológicos do rompimento da barragem de Fundão para os moradores de Barra Longa. Com um longo trabalho de apuração, as estudantes criaram laços com as pessoas e ganharam a confiança de quem vinha sendo alvo de trabalhos irresponsáveis que espetacularizavam a tragédia. “Estamos muito felizes com essa premiação, porque mostra que o jornalismo humano, que suja os sapatos e vai a campo, é muito necessário e está vivíssimo”, assinalam.
Com uma cobertura humanizada, com respeito e empatia, as alunas acreditam que a reportagem deu certo por alinhar texto, foto e arte. “É importante dizer que nada seria possível sem a orientação de nossas professoras (Karina Gomes Barbosa, Talita Aquino e Ana Carolina Lima Santos), que nos deram muito suporte, além das fotografias da Paula Locher e a diagramação da Gabriela Vilhena”, destacam.
Flávio Ribeiro e Thamiris Prado conquistaram o 2° lugar com “Frágil Equilíbrio”, publicada na Curinga. De extremo interesse público, a reportagem aborda a presença da Samarco na região de Mariana e como era Bento Rodrigues antes da tragédia. “O prêmio deixa ainda mais claro que o jornalismo em que acreditamos deve nortear não só nosso ponto de partida, mas também a escolha final enquanto profissionais”, explica Flávio. Ele completa que “enquanto estudantes, a experiência do laboratório em jornalismo e o suporte de professores excelentes ajudam muito para pular algumas barreiras — como a falta de transparência de quem detinha as informações — e o tempo que parece correr sempre mais nessas ocasiões. São às pessoas dos bastidores, colegas e professores que dedico o significado deste prêmio”.
Já Aleone Higídio, atualmente mestrando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Temporalidades da Ufop, alcançou o 3º lugar. A reportagem “O preconceito que mata”, também da Curinga, reporta a LGBTfobia e a falta de criminalização para violências físicas e psicológicas que eles sofrem por serem quem são. Aleone enfrentou grandes dificuldades durante o processo de pesquisa de dados oficiais. “Tinha muito material e muitos relatos de violência para pouco espaço na revista. Isso faz parte das escolhas jornalísticas na hora de pensar o que deve entrar e o que deve sair na matéria”, explicou Aleone. Por abordar um assunto complexo, a grande felicidade do estudante “foi poder vivenciar e escrever uma reportagem completa sobre uma temática a qual o poder público parece não agir de forma correta diante de tais brutalidades”, comemora. Os dois trabalhos premiados da Curinga foram orientados pelos professores Frederico Tavares, André Luís Carvalho e Talita Aquino.
Esta foi a terceira vez que o Lampião venceu o Délio Rocha, uma das premiações jornalísticas mais importantes do estado. Em 2013, Jéssica Romero ficou em 3º lugar com a reportagem “Mulheres no cárcere” e, em 2014, Marília Mesquita e Stênio Lima ficaram em segundo lugar com a reportagem “Os riscos da vida na mineração”.
Com informações de Patrícia Pereira e Luiza Boareto, da ACI da Ufop.