A reunião é obrigatória para alunos e alunas do 5º e 4º períodos, e ocorrerá às 17h, no Auditório do ICSA.
Caso contrário, você terá que cursar disciplina equivalente com carga horária maior, intitulada “Laboratório Integrado I”, de 240 horas. Esta disciplina será ofertada a partir do 2018.1.
Cinco alunos do curso de Jornalismo foram premiados no 10º Prêmio Délio Rocha de Jornalismo de Interesse Público. As reportagens vencedoras na categoria estudante, uma das mais concorridas, foram publicadas no jornal-laboratório Lampião e na revista-laboratório Curinga em 2016.
Em 1° lugar, a reportagem “Marcas invisíveis”, produzida por Mariana Viana e Luísa Campos, discute os efeitos psicológicos do rompimento da barragem de Fundão para os moradores de Barra Longa. Com um longo trabalho de apuração, as estudantes criaram laços com as pessoas e ganharam a confiança de quem vinha sendo alvo de trabalhos irresponsáveis que espetacularizavam a tragédia. “Estamos muito felizes com essa premiação, porque mostra que o jornalismo humano, que suja os sapatos e vai a campo, é muito necessário e está vivíssimo”, assinalam.
Com uma cobertura humanizada, com respeito e empatia, as alunas acreditam que a reportagem deu certo por alinhar texto, foto e arte. “É importante dizer que nada seria possível sem a orientação de nossas professoras (Karina Gomes Barbosa, Talita Aquino e Ana Carolina Lima Santos), que nos deram muito suporte, além das fotografias da Paula Locher e a diagramação da Gabriela Vilhena”, destacam.
Flávio Ribeiro e Thamiris Prado conquistaram o 2° lugar com “Frágil Equilíbrio”, publicada na Curinga. De extremo interesse público, a reportagem aborda a presença da Samarco na região de Mariana e como era Bento Rodrigues antes da tragédia. “O prêmio deixa ainda mais claro que o jornalismo em que acreditamos deve nortear não só nosso ponto de partida, mas também a escolha final enquanto profissionais”, explica Flávio. Ele completa que “enquanto estudantes, a experiência do laboratório em jornalismo e o suporte de professores excelentes ajudam muito para pular algumas barreiras — como a falta de transparência de quem detinha as informações — e o tempo que parece correr sempre mais nessas ocasiões. São às pessoas dos bastidores, colegas e professores que dedico o significado deste prêmio”.
Já Aleone Higídio, atualmente mestrando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Temporalidades da Ufop, alcançou o 3º lugar. A reportagem “O preconceito que mata”, também da Curinga, reporta a LGBTfobia e a falta de criminalização para violências físicas e psicológicas que eles sofrem por serem quem são. Aleone enfrentou grandes dificuldades durante o processo de pesquisa de dados oficiais. “Tinha muito material e muitos relatos de violência para pouco espaço na revista. Isso faz parte das escolhas jornalísticas na hora de pensar o que deve entrar e o que deve sair na matéria”, explicou Aleone. Por abordar um assunto complexo, a grande felicidade do estudante “foi poder vivenciar e escrever uma reportagem completa sobre uma temática a qual o poder público parece não agir de forma correta diante de tais brutalidades”, comemora. Os dois trabalhos premiados da Curinga foram orientados pelos professores Frederico Tavares, André Luís Carvalho e Talita Aquino.
Esta foi a terceira vez que o Lampião venceu o Délio Rocha, uma das premiações jornalísticas mais importantes do estado. Em 2013, Jéssica Romero ficou em 3º lugar com a reportagem “Mulheres no cárcere” e, em 2014, Marília Mesquita e Stênio Lima ficaram em segundo lugar com a reportagem “Os riscos da vida na mineração”.
Com informações de Patrícia Pereira e Luiza Boareto, da ACI da Ufop.