O novo modo de fazer jornalismo

No cenário jornalístico contemporâneo, surgem novas plataformas de trabalho. O que antes era apresentado com a escrita, hoje, ganha sons e imagens. Em meio a essa nova perspectiva está Benny Cohen, editor de Mídias Convergentes do Portal Uai e TV Alterosa, veículos do grupo Diários Associados

Benny Cohen, jornalista mineiro, atualmente editor de mídias convergentes dos Diários Associados, fala sobre a presença dessa nova plataforma no fazer jornalístico atual. FOTO: Divulgação - Tv Alterosa

Benny formou-se em Jornalismo em 1984 pela Universidade Federal de Minas Gerais. Está na equipe da TV Alterosa, afiliada do SBT em Minas Gerais, há 20 anos. Na emissora, já foi repórter, editor, editor responsável do Jornal da Alterosa 1ª edição, programa jornalístico que ajudou a criar em 1996 e do qual é o apresentador atualmente, ao lado de Laura Lima. Apesar de ser um profissional “das antigas”, hoje em dia, Benny trabalha com a Convergência, uma área relativamente recente no jornalismo.

A Convergência na TV Alterosa e Portal Uai surgiu em 2006. O processo foi experimentado inicialmente de forma isolada entre os veículos do grupo. “Por exemplo, a gente fazia o ‘Primeira Página’ também na TV que era um jornal cujo estúdio ficava lá na Redação do Jornal Estado de Minas, com a operação o suíte todo aqui na TV Alterosa. Isso já era uma primeira experiência mais organizada e consolidada de convergência.”, explica Benny. Hoje, o “Primeira Página” não está mais na TV e continua a ser produzido em conjunto pelo Jornal Estado de Minas e pela Rádio Guarani FM.

Novas ações foram realizadas, experiências que levaram ao compartilhamento de conteúdos entre os veículos, à interação com o internauta, telespectador e ouvinte que puderam envolver-se com os programas e material produzidos.

Experiências testadas, resultados obtidos

Mercado Convergente

Para Benny, o jornalista que se inserir no mercado a partir de agora precisará estar atento a essa nova vertente comunicacional. Hoje, há a necessidade da formação de um profissional multimídia, aquele que saiba manipular uma câmera, transmitir uma imagem, repassar a mesma informação para impresso, rádio, TV e internet. Benny acredita que as futuras gerações já crescerão imersas nesse novo contexto, tornando a inserção na convergência algo menos doloroso. “O mercado vai passar a oferecer, em quantidade cada vez maior, profissional com essas habilidades, porque os futuros jornalistas já estão convivendo com isso. Para eles navegar na internet e trabalhar com vídeos digitais é uma coisa mais simples.” afirma Cohen.

Esse modelo de jornalismo em crescimento proporcionará ao leitor, telespectador, radiouvinte ou internauta autonomia na escolha do conteúdo que melhor lhe interesse. O que cabe aos veículos é desenvolver o tipo de plataforma que proporcione melhor interação entre o consumidor e os produtos informativos que oferecem.

Atualmente, qualquer pessoa com um celular na mão se transforma em repórter. Com um equipamento simples, é possível divulgar um acidente ou denunciar um problema de bairro. O cidadão se transforma em um divulgador de notícia, sem depender da presença do jornalista.

Seguindo a linha das múltiplas plataformas comunicacionais, está também a amplitude de espaços no mercado de trabalho. Hoje, além dos impressos, das rádios e TVs abertas, o mercado está repleto de portais de internet, TV a cabo, webrádios, além das assessorias de imprensa. Para abastecer esses meios ascendentes, novos cursos de jornalismo têm sido criados pelo país, formando cada vez mais profissionais.

Esses jornalistas recém-formados são inseridos nesse novo modelo de jornalismo. Porém, antes de integrar-se ao jeito moderno de fazer notícia, um princípio primordial da profissão deve ser lembrado: A ESCRITA.

Jornalista amigo da criança

Em seus mais de 20 anos de carreira, Benny coleciona vários prêmios pelos trabalhos realizados. Entre essas conquistas, ele destaca o título “Jornalista amigo da criança”, lhe concedido em 2003 pela Agência de Notícias e dos Direitos da Infância (ANDI).


Aproximadamente 500 jornalistas no país eram donos desse título. Em 2003, ano em que Benny foi homenageado, por volta de 200 profissionais tinham esse reconhecimento da ANDI.

Por Allan Almeida e Maria Aparecida Pinto

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