Bucci relaciona condições para jornalismo de qualidade

A liberdade é um direito do cidadão e para Eugênio Bucci ela deve ser entendida como um dever do jornalista. Esse é o tema de seu último livro “A Imprensa e o Dever da Liberdade”, lançado em  2009. O jornalista é formado em Comunicação e em Direito pela Universidade de São Paulo, é doutor em Ciências da Comunicação também pela USP. Em 2001 e 2002 lecionou Ética na Faculdade Cásper Líbero e de 2008 a outubro desse ano foi professor do curso de Jornalismo da USP.  De acordo com Bucci, o que torna o jornalismo necessário para a sociedade é a sua condição de buscar o olhar independente, diferentemente de outros discursos públicos, que são interessados. O jornalista deve ser livre, se não o for se torna incapaz de alcançar a verdade dos fatos e cumprir com seu papel na sociedade.

Bucci foi diretor de revistas mensais como Superinteressante, Playboy e Quatro Rodas, crítico de cultura e televisão dos jornais Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil e das revistas Veja, Nova Escola e Sem Fronteiras, além de secretário Editorial da Editora Abril. De janeiro de 2003 a abril de 2007 dirigiu a Radiobrás (Empresa Brasileira de Comunicação S.A).
Para o jornalista a convergência das mídias não é fiadora de um jornalismo de qualidade, pode facilitar a comunicação, mas não garante a democracia.

Atualmente, Eugênio Bucci é coordenador do novo curso de pós em Jornalismo com Ênfase em Direção Editorial, da Escola Superior de Propaganda e Marketing, membro do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta, colabora com o jornal o Estado de São Paulo e com o site observatório da Imprensa, entre outras atividades. Para encerrar a entrevista, Bucci diz de quem é a responsabilidade de monitorar a qualidade de imprensa e como o próprio veículo pode certificar essa qualidade.

por Ana Malaco e Beatriz de Melo

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