Érica Salazar fala sobre o jornalista multifuncional na era da convergência

Sábado de manhã, antes do plantão do meio-dia da MGTV da Zona da Mata começar. Érica Mansoldo Salazar, juiz-de-forana, concedeu às estudantes de jornalismo uma entrevista especial, via skype. Uma conversa pouco formal e cheia de temas diversos levou a mineira a falar sobre sua carreira, as mudanças no mercado e projeções futuras para os jovens jornalistas.

A apresentadora formou-se em jornalismo na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) no ano de 1998. Em março já iniciou sua carreira na televisão, na hoje extinta TV Tiradentes (afiliada da Record), em Juiz de Fora.  Permanecendo por cinco meses na TV Tiradentes, em setembro do mesmo ano soube de uma vaga para repórter na TV Panorama (afiliada da Rede Globo), como disse na entrevista, levou seu currículo “ tive a sorte de ser contratada, daí em diante só fui crescendo, tive muita sorte”. Sorte aqui como sinônimo de competência, Érica ingressou na Panorama como repórter de externa para o MGTV 1ª edição, onde iniciou sua carreira há 12 anos.

A respeito de convergências, e do papel do jornalista fazer um pouco de tudo, Érica conta que já iniciou no MGTV como “multifuncional”, como eles chamavam lá, “Eu entrei pra fazer internas na primeira edição, não editava não fazia mais nada, de repente fui pro estúdio substituir a apresentadora do MGTV 2ª edição provisoriamente e acabei ficando permanente”. A repórter faz uma reportagem apenas no dia para poder voltar a redação, gravar seus textos e editá-los.

A repórter esteve em novembro na faculdade CES/JF, num bate-papo com os alunos do curso de Comunicação abordando o tema da nova proposta de se apresentar em telejornais, seguindo a tendência da informalidade e da maior aproximação com o telespectador. Na onda de novas mídias e novos formatos televisivos do jornalismo, Érica contou sobre essa tendência nos telejornais. Otimista em relação a essa aproximação com o expectador, a apresentadora que antes fazia a segunda edição do MGTV, que segundo ela, é um jornal mais sério e mais analítico, foi transferida para a primeira edição. “Os apresentadores foram trocados, a fim de dar uma certa leveza ao programa. Eu e Ricardo Ribeiro que somos os apresentadores, temos uma certa harmonia; procuramos conversar mais entre a gente e também com o expectador”

Com a experiência de quem está há mais de dez anos no mercado das mídias, Érica contou um pouco como este mercado estava configurado há 12 anos, quando começou, “Acredito que mudou, mas mudou pouco, ainda há muito o que fazer”, afirma a apresentadora com base em sua experiência na TV em Juiz de Fora, que por ser uma cidade de médio porte,  segundo ela, ainda não há tanta concorrência no mercado.

Após as novas convergências midiáticas, com base em sua experiência no mercado das comunicações, a repórter compartilhou quais as mudanças que podem ser notadas atualmente, sendo a linguagem a principal delas. Érica acredita no jornalismo mostrado ao expectador ao vivo, sem fórmulas, “a questão de você ser informal e mostrar ao mesmo tempo qual a função do repórter, isso é um incentivo para as pessoas ficarem bem informadas”. Segundo ela, o jornalista tem sempre que estar preparado para tudo e sempre muito bem informado sobre quaisquer assuntos, pois, principalmente quando é ao vivo, muitas surpresas podem acontecer.

Uma entrevista que durou em média 20 minutos, finalizou com a opinião da repórter sobre jornalismo televisivo na era digital e as dificuldades enfrentadas pelos jovens jornalistas.

Com o mercado se expandindo e as pessoas tendo acesso cada vez maior às áreas tecnológicas, é fundamental se atualizar. Redes sociais, na opinião da mineira também são uma tendência muito forte no jornalismo, “Confesso que não sou dessa geração, mas estou tentando aprender e a me adaptar, pois as coisas evoluem rapidamente”.

Hoje Érica está à frente da bancada do MGTV 1ª Edição, juntamente com Ricardo Ribeiro. Além de reportagens, faz suas respectivas edições, e apresenta aos sábados as duas edições do jornal ( 12h e 19h), em esquema de plantão, horário em que encerrou a entrevista.

Por Dalila Carneiro e Luiza Barufi

Comments are disabled for this post