Por Aline Barreira
De desenhista em uma fábrica de papel a pintor patrocinado pela Galeria de Artes de Bruxelas. O belga René François Ghislain Magritte, nascido em Lessines, tornou-se um dos pintores mais importantes do surrealismo e suas obras se encontram no museu exclusivo na Bélgica. Magritte começou sua carreira como impressionista, mas adaptou-se a um novo estilo artístico. A mudança foi consequência da Academia Real de Bruxelas, frequentada pelo artista, que, insatisfeito com o conservadorismo, misturou influências do cubismo e futurismo, concluindo pinturas metafísicas. Satisfeito com o resultadomergulhou de vez no surrealismo. Famoso por telas complexas, que exigem o raciocínio, interpretação e estudo, Magritte não é considerado apenas um pintor. Michel Draguet, diretor-geral dos Museus Reais de Belas Artes da Bélgica, definiu: “Seu trabalho tem relação com a literatura e com a difusão da imagem poética. Ele mostra um universo imaginário em que linguagem e objeto criam uma nova relação”. Quadros compostos de paradoxos visuais e personagens bizarros, pintados com tanta nitidez que parecem reais. Magritte diferenciou-se dos demais exatamente por isso, ele quebrava a exploração da arte pelo inconsciente, e optava pela distorção da realidade. Mudava a ordem dos objetos e criava novas figuras. Na obra The Lovers, produzida em 1928, René Magritte reproduz dois namorados que se beijam encapuçados, fazendo uma possível menção à forma com que a sua mãe tinha sido encontrada após atirar-se de uma ponte no Rio Sambre, após várias tentativas de suicídio, com o vestido cobrindo-lhe a cabeça. O Museu Magritte possibilita ao visitante conhecer mais o universo e as obra de Magritte. A coleção reúne 149 obras, entre elas 75 pinturas, 58 guaches e desenhos. Além de filmes, cartazes, objetos, fotos, cartas e publicações que eram, anteriormente, conservados nos arquivos reais da Bélgica. A biografia, as obras e demais informações sobre o artista você encontra no site oficial do Museu Magritte, acessado pelo link: http://www.magritte.be/gallery/?lang=en e http://www.magrittemuseum.be/ . Fontes: http://www1.folha.uol.com.br