Por Natália Ambrósio
Foto: Greiza Tavares
Fazer listas, arrumar as coisas simetricamente, lavar as mãos seguidamente, acessar a caixa de e-mail de meia em meia hora, arrumar a casa que já está arrumada, roer as unhas… Quem não tem alguma mania ou tique?
Todos os normais, que se julgam assim, por não fazerem nada que seja considerado excêntrico, certamente possuem alguma mania. Ela pode ser publicamente conhecida e encarada de forma leviana, ou habitar as horas mais secretas do cotidiano dessa pessoa.
Certamente você parou para pensar em quantas manias fazem parte do seu dia-a-dia, e quantas delas já se tornaram tão frequentes que você está se perguntando, se essa compulsão por isso ou aquilo pode ser algum sinal de loucura. Segundo o dicionário Aurélio loucura é: “Que perdeu a razão; doido, maluco. 2. Contrário à razão; insensato. 3. Dominado por paixão intensa; apaixonado. 4. Esquisito, excêntrico 5. Imprudente. 6. Doidivanas.”
As manias e loucuras também marcaram alguns personagens do cinema e da TV. O ator Heath Ledger interpretou o Curinga em, Batman – O cavaleiro das trevas, onde seu sádico sorriso maquiado escondia as cicatrizes feitas por ele mesmo. Mas não só os loucos sádicos são figuras marcantes no cinema. As manias do cotidiano se fazem presentes na vida do detetive Monk, que protagonizou o seriado de mesmo nome. Seu jeito peculiar de conduzir as investigações, sempre o ajudavam a desvendar os mistérios policiais.
Na telinha, a novela Mulheres de Areia, exibida em 1993, fez com que todo o Brasil se apaixonasse pelo louquinho Tonho da Lua, que entre esculturas na areia e sua paixão por Rutinha, mostrava uma face atenciosa e carinhosa de um “louco”.
Estes típicos personagens de filmes e novelas que entretêm o público, não representam pessoas comuns com costumes e manias diferenciadas. Todo mundo possui um hábito que pode ser considerado excêntrico ou exótico, mas só quando essas práticas se tornam exageradas e controlam a vida das pessoas é que isso se torna uma doença.