Voltaremos: Netos da Esperança

 Paulo Victor Fanaia

Relato Fotográfico da Segunda Missão Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, Abril de 2013

Não se preocupem. Não são fotos de horror ou da humilhação que diariamente assola o povo da Palestina. Eu, quando parti para lá em 17 de abril de 2013, segui com o desejo de captar algo diferente daquilo que habitualmente vejo na internet. Queria a verdadeira dimensão humana daqueles que sofrem com uma guerra.

Definição de Guerra:  uma criança com estilingue contra um General Atomics MQ-9 Predator Drone. “Você nunca vê eles chegando”, brinca o presidente Obama, em uma festa promovida pela Casa Branca.

O olhar. Um olhar possui toda a história da humanidade. Era isso que gostaria de ver. Por isso optei por fotos em Preto e Branco.

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O menino da aldeia de Bill’in, vigiado pelo seu pai, observava a presença de nós brasileiros chegando ao local. Ele nos deu permissão para que o fotografássemos. O que talvez explique seu olhar tristonho é o rotineiro ataque que eles sofrem das forças sionistas. Frente a frente com o muro do Apartheid, tivemos essa experiência quando fomos atingidos por mais de 30 granadas de gás lacrimogêneo em pouco menos de meia hora (Pode acreditar, elas ardem muito).

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O pai de família e comandante de brigadas populares da aldeia de Nabi Salleh. Toda sexta-feira os moradores de lá protestam contra o muro do Apartheid. Querem liberdade de ir e vir.  Eles nos mostraram a crueldade com que ele e sua aldeia são tratados, com gás, ameaças de morte, atentados e prisões. (Não me contive e chorei muito ao ver.)

Campo de Refugiados de Aida. Um campo , de concentração , porque não? , dentro de seu próprio país. Há 7 km de Jerusalém e a beira do muro da vergonha. Israel optou por mudar a passagem do muro em certo local , para evitar que crianças da escola de Israel tivessem contato com as crianças palestinas.  Afim de assustar, atormentar e matá-los psicologicamente , Israel promovia atentados contra o colégio. Atirando contra a estrutura e as pessoas ao redor. O colégio é Administrado pela UNRWA , Agência da ONU de Trabalhos e Assistência aos Refugiados Palestinos. Apesar de tudo , mantém firmes os 5 dedos levantados de suas mãos. Juntos eles significam os 3 ˜W˜ de ˜We Will Win" , "Nós vamos vencer".

 

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Paulo_Victor_Fanaia - Refugiado_ Palestino

Campo de Refugiados de Aida. Um campo , de concentração , porque não? , dentro de seu próprio país. Há 7 km de Jerusalém e a beira do muro da vergonha. Israel optou por mudar a passagem do muro em certo local , para evitar que crianças da escola de Israel tivessem contato com as crianças palestinas.  Afim de assustar, atormentar e matá-los psicologicamente , Israel promovia atentados contra o colégio. Atirando contra a estrutura e as pessoas ao redor. O colégio é Administrado pela UNRWA , Agência da ONU de Trabalhos e Assistência aos Refugiados Palestinos. Apesar de tudo , mantém firmes os 5 dedos levantados de suas mãos. Juntos eles significam os 3 ˜W˜ de ˜We Will Win" , "Nós vamos vencer".

Campo de Refugiados de Aida. Um campo, de concentração (por que não?) dentro de seu próprio país. Há 7 km de Jerusalém e a beira do muro da vergonha. Israel optou por mudar a passagem do muro em certo local, para evitar que suas crianças não tivessem contato com as crianças palestinas. Afim de assustar, atormentar e matá-los psicologicamente, Israel promovia atentados contra o colégio. Atirando contra a estrutura e as pessoas ao redor. O colégio é administrado pela UNRWA , Agência da ONU de Trabalhos e Assistência aos Refugiados Palestinos. Apesar de tudo, mantêm firmes os 5 dedos levantados de suas mãos. Juntos eles significam os 3 ˜W˜ de ˜We Will Win”: “Nós vamos vencer”.

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Os homens e Mulheres de Ramallah, atual capital Palestina. Aproveitando o fim de semana na avenida principal da cidade. Seja na Rua ou na Casa de Doces e Chás. Era isso que gostaria de ver. É essa a Palestina que eles esperam e que nós desejamos. Uma cidade normal, com pessoas sorrindo, vida, cotidiano, longe de armas e de tristeza.

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Lista de Todas as cidades que foram tomadas pelos israelenses e uma promessa. “Nós Voltaremos”.

Da Palestina para o Brasil, sob a sombra do olvido. Sob o mesmo capitalismo. A mesma tirania. Duas histórias diferentemente parecidas. Povos que lutam contra a opressão e o trabalho humilhantes.

Para este endereço, o Brasil, que minha mensagem vem. Essa nuvem negra de palavras e imagens. Do Oriente Médio ao Oceano Atlântico, elas se barram na altitude das montanhas de Minas. A mensagem foi captada, recebida, despercebida. Na internet, esta atmosfera propícia, as nuvens negras das palavras, finalmente, tornaram-se chuva. Ácida.

Este ensaio foi pensado para uma publicação em papel. Inviolável foto estampada no papel. O papel do jornalismo! Muitas vezes a verdade é uma verruga no rosto da sociedade e falo dela assim, pois assim ela foi descrita. A que não se enquadra. Aquela que incomoda. A que não cabe na Mídia, “seu ensaio ficará uma verruga no meio da revista”, … essa verruga chamada Palestina.