A separação do felizes para sempre

 

Por Marcela Servano

Por mais que os tempos tenham mudado é preciso admitir: muitas pessoas ainda apostam no casamento como uma oportunidade de ser feliz. Para a psicóloga Rosana Braga, homens e mulheres decidem viver juntos para que possam constituir uma família e se sentirem realizados.

O último censo, feito em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE, mostrou que a porcentagem de divórcios aumentou 20% no Brasil, comparado à década anterior. Para especialistas em direito de família o aumento do número de separações no país se deve à alteração na Constituição ocorrida em Julho de 2009, que determinou o fim da exigência de prazo para que fosse obtido o divórcio. Antes, quem queria se divorciar tinha que esperar pelo menos um ano, ou mais, para conseguir. Hoje todo processo é feito em menos de dois meses.

Outro dado que IBGE, constatou foi o crescimento das uniões estáveis de pessoas que vivem juntas, mas optaram por não se casarem. Como o casal Rodrigo Mello e Vilma Tavares, os dois vivem juntos há mais de dez anos e não pensam em oficializar a união. Eles dizem que são felizes assim e não acreditam na legitimidade do casamento como instituição.

Apesar de todas as ressalvas em relação ao casamento, ainda há pessoas que evidenciam sua importância. É o caso da representante comercial, Isabel Macedo, que se casou há três anos e diz “depois do nascimento da minha filha Sofia, o dia do meu casamento foi o dia mais feliz da minha vida. Porque tudo aconteceu como eu sonhei”. Segundo ela, o casamento é uma troca de experiência e por isso deve ser bem planejado para evitar futuras decepções.

Entre aqueles que acreditam na instituição casamento e os que não, existem embates religiosos, ideológicos e sociais. No entanto com a diminuição da burocracia para se obter o divórcio vão haver menos finais felizes para contar história.