Preservando a arte da Cantaria

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Bárbara Zdanowsky

Cantaria é a pedra talhada de forma a constituir sólidos geométricos, normalmente paralelepípedos, para utilização na construção ou ornamentação de obras arquitetônicas. No Brasil, a cantaria começou a ser utilizada no Século XVI. Dentre as antigas vilas do ouro que tiveram sua arquitetura marcada pela presença da cantaria, Ouro Preto é a que se destaca pela quantidade e qualidade de suas obras.

A partir do Século XIX, a prática da cantaria foi se perdendo. Na inexistência de tal mão-de-obra qualificada na região das Minas Gerais, as reformas eram realizadas por mestres canteiros portugueses e espanhóis.

Como forma de resgate à arte em pedra sabão, o Projeto Oficina de Cantaria foi criado em 2000. Seu objetivo é ofertar mão-de-obra qualificada para o restauro de monumentos de cantaria na cidade, conscientizar a comunidade de seu patrimônio cultural e perpetuar o ofício de canteiro.

A iniciativa é do professor do departamento de Engenharia de Minas da UFOP, Carlos Alberto Pereira, que resolveu oferecer oficinas de cantaria ministradas por seu pai, José Raimundo Pereira, o “Seu Juca”, último mestre cantareiro da região, falecido em 2006. Para Carlos Alberto, a formação de novos mestres é uma forma de ajudar a cidade de Ouro Preto a enfrentar o problema da depredação dos monumentos históricos. “A oficina ajuda a conscientizar a população e diminuir ocorrências desse tipo”.

Auxiliados por técnicos especializados em Patrimônio, alunos da oficina atuaram nas restaurações da cruz do chafariz do Rosário, da ponte do Pilar, da bacia da Igreja de Botafogo e da ponte de Marília, em Ouro Preto.

O resgate da cantaria é essencial para a conservação dos monumentos históricos da região. Rinaldo Urzedo mora em Mariana, é artista plástico e trabalha com restauração de elementos em pedra sabão. “Houve uma perda do fazer no trabalho de cantaria. Meu interesse era de resgatar esse ofício. E eu tenho muita felicidade de ser um artista aqui da cidade que tem os meus trabalhos de certa forma inseridos na arquitetura de Mariana”.

A Oficina de Cantaria abre nova turma no início de setembro deste ano. Trinta crianças (com idade entre 10 e 11 anos) da rede pública de ensino de Ouro Preto terão a chance de participar. As aulas serão ministradas em dois horários: das 08h às 10h e das 14h30 às 16h30, no departamento de Engenharia de Minas, na UFOP.

One thought on “Preservando a arte da Cantaria

  1. Tenho interesse por estudos e pesquisas que tratem da arte da cantaria, desde o período medieval.
    Parabéns pelo vosso trabalho.

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