Usuários de transporte público reclamam dos serviços da Transcotta

Mariana Mendes

O não cumprimento do horário, a falta de respeito, a lotação, o preço alto das passagens, e a falta de informação e respeito são as principais queixas dos usuários de transporte público em Mariana-MG. Reclamações sobre a empresa Transcotta é o tópico principal das “conversas de ponto de ônibus” e por esse motivo o Jornal LAMPIÃO fez uma pesquisa de campo para examinar alguns desses problemas.

Fomos averiguar os horários de chegada e de saída dos ônibus e entrevistar alguns usuários. Como resultado foi possível ver que algumas linhas estão atrasadas ou adiantadas em seu horário, o que acaba por dificultar a vida de quem depende desse transporte para estudar ou trabalhar. “Tem vez que eu chego para pegar o ônibus das 8h e descubro que ele passou 10 minutos adiantado, aí eu tenho que esperar até dar a hora de chegar o próximo. A gente paga aquela passagem cara para ficar esperando”, reclama Rosângela Souza, 45anos. Para evitar o tempo de espera muitas vezes ela acaba recorrendo a outra alternativa: “É por isso que eu sou a favor do transporte clandestino, tem vez que ele sai mais barato que a passagem que eles cobram. Eu uso direto porque se depender desses ônibus da Transcotta eu ia chegar atrasada no trabalho”.
Outra queixa constante são os ônibus lotados, problema esse que é constatado em todas as linhas. Parte desse problema de lotação é atribuída ao trajeto feito pelos ônibus que muitas vezes desviam do seu destino para poder pegar o maior número de passageiros possível. Marluce da Costa, 79 anos, diz que o ônibus via Cartucha passa apenas de uma em uma hora e está sempre cheio, mas a maioria dos passageiros só percorre uma pequena parte do trajeto atrapalhando assim os verdadeiros usuários da linha.
Funcionários de companhia também denunciam o descaso dos motoristas que não cumprem toda a trajetória no último horário do ônibus, que seria a meia noite. “Muitas vezes a gente vai lá pro ponto esperar e o ônibus passa direto pela gente com as luzes apagadas, direto pra garagem. E o pior é que se a gente liga no outro dia perguntando por que o ônibus não passou lá, ninguém sabe informar”, conta Renata Gomes, 33 anos.
Procurada para prestar esclarecimentos a empresa Transcotta não quis se manifestar sobre o assunto.

Em uma tarde no ponto de ônibus o Jornal LAMPIÃO constatou:

Ônibus

Tempo em média de espera (apurado pelo Jornal) Tempo de espera estipulado pela Transcotta

Cumprimento do horário estipulado pela Transcotta

Passagem

19 minutos

20 minutos

ok

Cabanas

13 minutos

10 minutos

ok

Cartucha

1h 20 minutos

1 hora

Atraso de 20 minutos

Antonio Dias

1 hora

40 minutos

Atraso de 20 minutos

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *