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ENHM discute a crítica musical como área de atuação para o jornalista

Publicado em 1 junho, 2013, por em Notícias.

Letícia Afonso

Falar de música vem a ser a aspiração de muitos jornalistas em formação. Pensando nisso, o 9º Encontro Nacional de História da Mídia trouxe Chema García Martínez, crítico músical do jornal El País, da Espanha, para falar sobre algumas funções do jornalista que escolhe se enveredar na crítica musical. A oficina contou com a participação ativa dos conferencistas, em diálogo com o palestrante.

Foto: Inaê Martins

Relembrando sua passagem pelo Fórum das Letras de Ouro Preto, na qual falou sobre como o jornalista pode encontrar a própria voz no texto, Martínez destacou que escrever se aprende escrevendo: “Deve-se “destruir” a linguagem que se aprendeu na escola e “construir” a sua própria. É como um músico que toca mal, mas de modo correto”.

Para o palestrante um crítico musical deve unir duas linguagens diferentes: a musical, etérea indecifrável e carente de um significado preciso, e a linguagem jornalística que tentará verbalizar aquilo que a música não diz com palavras. O crítico musical deve ter a capacidade de emocionar além da palavra: “O oficio do jornalista é sintetizar as ideias sem perder o sentido poético, fazer bailar as palavras”.

Foto: Inaê Martins

Marco Fukuda, estudante de jornalismo da Universidade Federal do Ceará, comentou a experiência: “Ele deu ideias de como buscar um jornalismo especializado que vai realmente dar conta do acontecimento artístico na hora da música. Além disso, tocou em questões éticas que envolvem a crítica musical, discutiu a função do profissional. A gente pôde dialogar bastante com ele, e também compartilhar o contexto da música brasileira”.

Finalizando a oficina, Chema García Martínez disse que o jornalista deve conhecer o cenário artístico do local onde vive e também aquele no qual não está inserido. Segundo ele, a função básica do crítico é estar informado sobre esses diversos acontecimentos e fazer suas críticas sabendo que “toda música tem seu lugar e seu momento”, seja escrevendo o perfil de um músico, descrevendo um show ou um CD.

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