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Livro e eternidade: o lugar da reportagem

Publicado em 30 maio, 2013, por em Notícias.

Felipe Augusto Passos Macedo
2° período de Jornalismo da UFOP

Foto: Fórum das Letras – Reprodução

“Estamos em um momento extraordinário para a literatura de não-ficção e para o jornalismo”. Com esta frase, o editor Carlos Andreazza, da Editora Record, retratou um cenário abrangente e propício ao desenvolvimento no campo literário brasileiro, durante oficina oferecida em parceria com o Fórum das Letras de Ouro Preto na manhã desta quinta-feira (30).

Segundo Andreazza, o Brasil ainda é um país em obras, não só pela Copa do Mundo ou pelas Olimpíadas, mas porque está construindo sua tradição literária. Para ele, o país apresenta uma especulação literária pouco movimentada, com escassez de autores produzindo ficção. Porém, esse atual cenário de construção favorece o gênero inesgotável da reportagem, um elemento nobre. “Todos os fatos podem resultar em livros”, afirmou ele.

Que aspectos de um texto de jornal podem se transformar em livros?

A oficina refletiu a respeito das possibilidades de transposição do texto de jornal em literatura. O editor acredita que o campo jornalístico fornece um retrato minucioso do contexto em que foi escrito, alimentado de personagens incríveis, polêmicas e muitas dúvidas: “A reportagem é importante, pois levanta questões com traços característicos de seu tempo e se adéqua muito bem à literatura, na qual o tempo não é prioridade, caso os dados sejam bem elaborados”.

Finalizando, Carlos Andreazza defendeu o jornalismo literário como uma busca no passado para a reconstrução do presente, carregando traços de ficção e mesclando diferentes áreas para a formação de uma cultura mais interessada em questões literárias.

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