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Por trás das paredes das repúblicas de Ouro Preto

Publicado em 1 abril, 2013, por em Notícias.

Caroline Antunes
Aluna do curso de Jornalismo da UFOP

Ouro Preto não é uma cidade comum, além do seu centro histórico, sua cultura conservada pelo tempo, suas paredes com muitas histórias – ela também é uma cidade universitária. Estudantes de todos os cantos do Brasil vêm com o objetivo de estudar na renomada Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).

A maioria dos alunos chega para morar em repúblicas. Há as repúblicas federais (casas adquiridas com verba do governo federal), que são 59, e as particulares, em torno de 268. Na maioria das repúblicas existe a chamada “batalha”, que acontece no primeiro período de “bixo” dos calouros. Essa batalha consiste na adequação do calouro à casa, tanto na parte física, quanto na parte de socialização. Depois que passa a batalha, o “bixo” – se aceito por todos – é escolhido e se torna morador da casa.

Nas repúblicas também se tem o costume de dar apelido para todos a partir da sua característica pessoal abundante. Há vários apelidos divertidos e engraçados baseados na personalidade dos moradores. Cada república tem seu esquema, suas regras, sua convivência, mas todas têm em comum a inauguração do quadrinho. Após formado, o aluno tem um quadro com sua foto, formação e apelido pendurado na casa, chamado então de ex-aluno. Esses quadrinhos são postos em ordem de formação, criando assim a hierarquia da casa. A hierarquia existe também antes de ser formado, já que na casa há o bixo, o semi-bixo, o morador e o decano. O decano é a maior voz, o mais velho em questão de ano de estudo na universidade, é basicamente como o líder da república.

Se ensina e se aprende muito nesse ambiente de jovens estudantes que deixaram família, amigos e um porto seguro para trás. As repúblicas são como a segunda família de cada um, com pessoas que se ajudam e se respeitam, acima de tudo.

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