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Venício Lima faz conferência de abertura do 9º ENHM

O pesquisador Venício Lima vai abrir, oficialmente, o 9º Encontro Nacional de História da Mídia, com uma conferência em torno do tema do evento: História da comunicação ou história da mídia? Fronteiras conceituais e diferenças.

Foto: Reprodução

Venício Lima é graduado em Ciências Sociais/Sociologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1969), mestrado (1974), doutorado (1979) e pós-doutorado (1988) em Communications pela University of Illinois. É também pós-doutor pela Miami University (1991). É especialista em História do Cristianismo Antigo, UnB (2009). Professor aposentado da Universidade de Brasília, é articulista permamente do Observatório da Imprensa, da Carta Maior e da Teoria e Debate. Tem experiência nas áreas de Ciência Política e Comunicação, atuando principalmente nos temas: mídia e política, liberdade de expressão, políticas públicas, legislação e economia política de mídia.

O professor tem 15 livros publicados/organizados, 30 capítulos publicados em livros, mais de 70 artigos publicados em jornais e mais de 40 artigos publicados em periódicos.

O tema do evento busca ampliar a discussão entre terminologias que, muitas vezes, são usadas como sinônimas mas que, na realidade, são bem distintas. A professora Marialva Barbosa, ex-presidente da Alcar e vice-presidente da Intercom, explica que “pensar a história na sua relação com os meios de comunicação, estudando as práticas e processos midiáticos é, em linhas gerais, o que se pode denominar a história da mídia. Quando pensamos em comunicação, estamos nos referindo a um conceito mais amplo que engloba relações as mais cotidianas e que permitem a troca interpessoal”.

A professora destaca que “a comunicação, considerada como produção de sentidos compartilhada socialmente, aproxima-se da linguagem. Assim, grosso modo, poderíamos, sob o nome de história da comunicação, englobar não apenas os processos de transformação e permanência dos meios de comunicação propriamente ditos, mas também o estudo dos sistemas orais, da arquitetura, das cidades, da moda, na fronteira com uma história da cultura, como conceitua Raymond Williams e Robert Darnton”.

Já uma história da mídia, como explica a professora Marialva, “privilegiaria as tecnologias que se desenvolvem ao longo do tempo e ganha novos usos e sentidos em contextos históricos determinados. Mas a história da mídia não privilegia apenas os suportes ou produtos, trata-se, antes de mais nada, de pensar a ação humana, as formas de vida, as organizações específicas que dão sentido à existência e a transformam, nas quais se incluem com destaque as produções, as próteses que o próprio homem cria para tornar mais eficiente o gesto comunicacional. Nesse  sentido, a história da mídia seria uma sub disciplina da história da comunicação? A história da mídia seria uma história social, como conceituou Peter Burke e Asa Briggs ou uma história cultural? Responder a essa questão não é tarefa fácil e envolve toda uma discussão sobre as abordagens conceituais e metodológicas desenvolvidas em torno da recuperação dos processos históricos envolvendo homens e meios de comunicação”.

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