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Direitos humanos: por um jornalismo que tire “o véu da ignorância”

Publicado em 2 junho, 2013, por em Notícias.

Raquel Satto

A conferência “Mídia e Direitos Humanos”, atividade realizada em parceria com o Fórum das Letras, teve como convidado o coordenador geral da ONG Repórter Brasil e professor de jornalismo da PUC/SP, Leonardo Sakamoto. O jornalista promoveu uma conversa sobre como as mídias retratam as questões relacionadas com os direitos humanos e as implicações dessas abordagens.

Sakamoto, que preferiu pautar a conferência em questões dos congressistas, começou contextualizando seu trabalho com os direitos humanos e o porquê da necessidade de abordar certos assuntos, como a homofobia e o machismo – recorrentes na sociedade brasileira. Ele considera importante criar um incômodo e fazer refletir, não quer que “as pessoas façam as coisas no automático” e aceitem tradições só pelo fato de serem tradições: “uma das funções do jornalista é tirar as pessoas da zona de conforto”.

O jornalista destacou que uma das maiores dificuldades em expor e debater as temáticas relacionadas aos direitos humanos é que os assuntos são retratados de forma chata, pedante e moralista, muitas vezes ligado a programas sensacionalistas que abordam o tema como se fosse só relacionado a “coisa de bandido”. É por querer que esses assuntos cheguem à população e sejam captados mais facilmente que ele propõe discussões mais abertas em seu blog, que coordena sozinho. Apesar disso, ressalta que informação é diferente de conscientização e que há a necessidade de refletir muitas vezes, de se projetar no outro.

Antes de iniciar a rodada de perguntas, Sakamoto encerrou sua fala dizendo que o revés de uma maior exposição de certos problemas é que quanto mais gente se volta para eles, mais gente fica insatisfeita com as mudanças do status quoAs questões dos conferencistas foram relacionadas à liberdade de expressão, a privacidade, democratização do acesso à internet e sua regulamentação, pluralidade nos debates públicos, a defesa da dignidade e interesses públicos.

O jornalista levantou uma série de reflexões e pontuou que “não existe direito humano absoluto”, ele é sempre balanceado e contraposto com outros.

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