Facebook Twitter
formats

9º Encontro Nacional de História da Mídia encerra atividades e celebra sucesso do evento

Publicado em 2 junho, 2013, por em Notícias.

Tamara Pinho

As atividades do 9º Nacional de História da Mídia foram oficialmente encerradas na noite de sábado 1/6, com uma cerimônia que contou com a presença do Reitor da UFOP, professor Marcone Jamilson, e da vice-reitora Célia Nunes, além do pró-reitor de extensão Rogério Santos Oliveira, o presidente do colegiado do curso de jornalismo da UFOP, Ricardo Augusto,  além de membros  da Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia (Alcar), como  Maria Berenice da Costa Machado, presidente da Alcar, Nair Prata, que coordenou a organização do 9º ENHM, e Marialva Barbosa, ex-presidente da Alcar e vice-presidente da Intercom.

Durante a cerimônia, foi feita uma retrospectiva dos três dias do evento. O 9º ENHM bateu recordes de inscrições e um balanço geral do credenciamento mostrou que cerca de 600 pessoas passaram por Ouro Preto nos últimos dias. Entre mesas, conferências, minicursos e apresentação de grupos de trabalhos (GTs) o saldo final foi positivo. Pelos corredores, ouviam-se muitos congressistas elogiando a estrutura e a qualidade do evento, além de uma clara aceitação à escolha da cidade-sede, o que também contribuiu para que os congressistas participassem do evento e também pudessem aproveitar a cidade.

Durante o encerramento, também foi muito elogiado o empenho da equipe organizadora e dos alunos da UFOP que contribuíram para que esse fosse o maior evento até o momento. A candidatura da (UFRGS) foi apresentada para sediar o próximo encontro nacional, em 2015.

Prêmio José Marques de Melo celebra melhores trabalhos da graduação

Outro destaque do ultimo dia do evento foi o prêmio José Marques de Melo, que premiou os melhores trabalhos apresentados pelos alunos de graduação ou recém-graduados. Foram 14 finalistas, em oito modalidades de pesquisa. O primeiro colocado ganhou uma visita à cidade cinematográfica da Rede Globo, Projac.

Conheça os finalistas:

GT História do Jornalismo:
- Trabalho: A história de Lavras através das eras políticas brasileiras.
- Autores:  Ian dos Santos Monteiro, Mario Luiz Chaves Júnior, Moema Lima Vianna, Ricardo de Araújo Rios, Thallysson Ferreira Eliseu
- Orientador: Filomena Maria Avelina Bomfim

- Trabalho: Uma história a ser contada: jornais locais com distribuição gratuita em Niterói, entre a comunidade e o mercado.
- Autores: Leonardo Rodrigo Caldeira
- Orientador: Soraya Venegas

GT História da Mídia Alternativa
- Trabalho: “Enquanto isso na casa da Dinda….”: a (outra) história do governo Collor contada nas páginas do Jornal da CUT São Paulo
- Autores: Fernanda Messias
- Orientador:  Rozinaldo Miani

- Trabalho: O cinema pela ótica do jornal Gramma
- Autores: Isadora Silva, Teresa Gonçalves e Renata Monte
- Orientador: Marcela Reis

GT História da Midia Digital
- Trabalho: Os ciberespaços de encontro: o desenvolvimento de redes sociais como espaços de socialização
- Autores: Eliakim Gerhardt, Antonio Queres Neto e Lorena Souza
- Orientador:  Bruno Dias e Glauber Rocha

- Trabalho: Rádio Universitária web da UFPE: o desenvolvimento do conceito de rádioweb
- Autores: Gustavo Augusto, Allisson Mendes e Tatiana Silveira
- Orientador: Carolina Figueiredo

GT História da Mídia Impressa

- Trabalho: Da prensa à imprensa na região dos inconfidentes
- Autores: Cristiano Gomes
- Orientador: Marta  Maia

- Trabalho:  O jornalismo piauiense como instrumento de memória e história
- Autores: Thamyres Oliveira
- Orientador: Ana Regina Rêgo

GT História da Mídia Sonora
- Trabalho: Conta mais sobre a história do rádio no Brasil
- Autores: Juliana Angelim, Fernando Oliveira, Raquel Trindade e Wanessa Viana
- Orientador: Rosane Steinbrenner

- Trabalho: Rádio Universitária 870 AM, um percurso de meio século
- Autores: Marcione Barreira Macedo
- Orientador: Denize Bandeira

GT Historia da Midia Visual e Audiovisual
- Trabalho: A Tôrre de Marfim: revista de orientação cinematográfica de Juiz de Fora
- Autores: Fernanda Teixeira Mendes e Altieri Leal Silva
- Orientador:  Alessandra Brum

- Trabalho: O amor está no ar: a história do primeiro longa metragem capixaba
- Autores: Maria Simonetti
- Orientador: Gabriela Alves

GT História da Publicidade:
- Trabalho: Nos trilhos do Metrô Rio: mídia, narrativa e paisagens comunicacionais na cidade subterrânea
- Autores: Claudia Teixeira Bianco e Marina Brandão
- Orientador:  José Carlos Ferrão Neto

GT Historiografia da Mídia
- Trabalho: Imprensa ilustrada, intelectuais e o projeto nacional: esboço prosopográfico dos colaboradores da revista Ilustração Brasileira (1935-1945)
- Autores: Bárbara Fernandes e Daniela Santos
- Orientador: Marcelo Abreu

 

formats

9º EHNM realiza oficina de Stop Motion, com Sérgio Esteves

Publicado em 2 junho, 2013, por em Notícias.

Silmara Filgueiras 2º período de jornalismo da UFOP

O Curso Técnico em Multimídia oferecido pela Escola Estadual Dom Pedro II, de Ouro Preto, em parceria com o 9ºENHM, realizou nos dias 31 e 1º de junho a oficina “Stop Motion – meio de expressão, experimentação e produção audiovisual”, ministrada pelo artista plástico e animador Sérgio Esteves (TV Brasil).

A oficina foi divida em duas etapas. No primeiro dia, alunos do curso e congressistas aprenderam sobre os conceitos de animação, teorias e explicações sobre enquadramento de cena, story board, e outras técnicas. Ouviram Sérgio falar, num clima bem descontraído, sobre suas experiências em animação, videografismos e dos personagens já criados.

Durante a tarde de sábado (1/6), os alunos puderam colocar em prática o que aprenderam no dia anterior. Usaram e abusaram da imaginação para construir histórias e dar vida aos personagens. Roteiros simples se tornaram histórias interessantes e divertidas.

Os participantes da oficina mostraram a todo o momento estarem satisfeitos com a programação, demonstrando interesse durante as explicações e entusiasmo ao criar suas próprias animações. Para o Curso Técnico e para os congressistas do 9ºENHM, essa foi uma oportunidade valiosa para construção de conhecimento e esclarecimentos sobre animação.

formats

Desafio no desenvolvimento do Jornalismo como ciência

Publicado em 2 junho, 2013, por em Notícias.

Fernanda Marques

Elias Machado, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ministrou, no sábado (1/6), a conferência História do Ensino em Jornalismo e Comunicação: limitações e perspectivas, que tratou, principalmente, de um breve histórico sobre as pesquisas em comunicação e o crescimento dos cursos de jornalismo no Brasil.

Na conferência, que contou com a mediação de Adriana Bravin, professora do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), foram apresentadas as influências americanas sobre a formação do primeiro curso de jornalismo no Brasil, no ano de 1947. Nessa época, não se falava em comunicação, o curso era vinculado às áreas de Letras e Filosofia, formando, assim, jornalistas práticos. A falta de cátedra e a submissão dos professores de Jornalismo aos de cursos de Letras e Filosofia fizeram com que surgissem reivindicações e questionamentos acerca do modelo utilizado na época.

Foi na reforma de 1968 que as coisas mudaram. Neste ano, foram implementadas teorias e metodologias de ensino nos cursos de jornalismo, o que tornou fundamental o professor se preparar para ensinar. Além disso, nos anos seguintes, foram criados os cursos de graduação em Jornalismo e os cursos extraordinários para tornarem os professores doutores, aumentando, assim, a qualidade do ensino. Apesar das grandes mudanças na estruturação dos cursos de jornalismo nessa época, o que mais fez efeito foram as criações de entidades científicas, que visavam a legitimação da ciência estudada na graduação de um jornalista e que garantiam, também, maior apoio e influência governamental.

Com o objetivo de ampliar o poder político e a concretização dos cursos em relação às outras áreas de ensino, entre 1996 e meados de 2000 estabeleceram-se novas associações jornalísticas e criou-se o primeiro Programa de Pós-graduação na área de Jornalismo, na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Questionado sobre o reconhecimento dos cursos de humanas em relação ao programa brasileiro Ciências sem Fronteiras e pelo fato de o programa não englobar a área de comunicação e jornalismo nas suas seleções, Elias Machado ressaltou que a área de pesquisa da comunicação tem sido pouco articulada: “’O programa, que oferece bolsas de pesquisa para alunos de universidades federais do Brasil prevê que os cursos tenham interesse em inovações e isso não acontece na área de jornalismo no país. Os programas de mais sucesso na TV brasileira são meras consolidações que copiam modelos da TV internacional. É o caso do Big Brother ou do CQC’’, afirmou.

Para finalizar, o professor também destacou que as pesquisas em comunicação estão divorciadas do ensino e que as universidades brasileiras têm que atribuir aos seus graduandos em Jornalismo uma carga horária de estudo mais específica, dando oportunidade aos estudantes para que tenham mais tempo pra desenvolver a prática de pesquisador.

formats

Direitos humanos: por um jornalismo que tire “o véu da ignorância”

Publicado em 2 junho, 2013, por em Notícias.

Raquel Satto

A conferência “Mídia e Direitos Humanos”, atividade realizada em parceria com o Fórum das Letras, teve como convidado o coordenador geral da ONG Repórter Brasil e professor de jornalismo da PUC/SP, Leonardo Sakamoto. O jornalista promoveu uma conversa sobre como as mídias retratam as questões relacionadas com os direitos humanos e as implicações dessas abordagens.

Sakamoto, que preferiu pautar a conferência em questões dos congressistas, começou contextualizando seu trabalho com os direitos humanos e o porquê da necessidade de abordar certos assuntos, como a homofobia e o machismo – recorrentes na sociedade brasileira. Ele considera importante criar um incômodo e fazer refletir, não quer que “as pessoas façam as coisas no automático” e aceitem tradições só pelo fato de serem tradições: “uma das funções do jornalista é tirar as pessoas da zona de conforto”.

O jornalista destacou que uma das maiores dificuldades em expor e debater as temáticas relacionadas aos direitos humanos é que os assuntos são retratados de forma chata, pedante e moralista, muitas vezes ligado a programas sensacionalistas que abordam o tema como se fosse só relacionado a “coisa de bandido”. É por querer que esses assuntos cheguem à população e sejam captados mais facilmente que ele propõe discussões mais abertas em seu blog, que coordena sozinho. Apesar disso, ressalta que informação é diferente de conscientização e que há a necessidade de refletir muitas vezes, de se projetar no outro.

Antes de iniciar a rodada de perguntas, Sakamoto encerrou sua fala dizendo que o revés de uma maior exposição de certos problemas é que quanto mais gente se volta para eles, mais gente fica insatisfeita com as mudanças do status quoAs questões dos conferencistas foram relacionadas à liberdade de expressão, a privacidade, democratização do acesso à internet e sua regulamentação, pluralidade nos debates públicos, a defesa da dignidade e interesses públicos.

O jornalista levantou uma série de reflexões e pontuou que “não existe direito humano absoluto”, ele é sempre balanceado e contraposto com outros.

formats

O Correio da Manhã e a Crítica Literária são tema de minicurso no ENHM

Publicado em 2 junho, 2013, por em Notícias.

Anna Antoun

O minicurso ”O Correio da Manhã e a Crítica Literária”, atividade em parceria com o Fórum das Letras, foi comandado pela jornalista Rachel Bertol, na tarde de sábado, 1/6. Rachel é doutoranda da Escola de Comunicação (ECO) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde desenvolve projeto sobre o extinto jornal Correio da Manhã. Trabalhou muitos anos nos cadernos de economia e política no jornal O Globo mas, recentemente, mudou para uma área que sempre despertou seu interesse: a literatura.

 O Correio da Manhã foi um periódico brasileiro publicado entre 1901 e 1974, que seguia uma corrente mais liberal que os outros jornais. Sofreu grande repressão do golpe de 1964 e associou-se às camadas populares da república.

Durante o minicurso, a jornalista citou alguns críticos que escreveram para o Correio: José Veríssimo, o primeiro crítico do jornal e que colaborava constantemente na imprensa; Álvaro Lins, um dos grandes destaques, que, inclusive, enfrentou uma das mais importantes polêmicas literárias do século XX; e Lima Barreto, que, após largar o periódico, escreveu um livro retratando o jornal (Recordações do escrivão Isaías Caminha).

Rachel encerrou sua participação dizendo que hoje em dia a crítica está em outra configuração e que os cursos de Letras e Comunicação estão caminhando cada vez mais juntos. Segundo ela, o curso de Letras tem muito a contribuir para o Jornalismo, pois possui uma grande bagagem de referências e bibliografias.

 

formats

Mesa temática debate a imprensa em MG

Publicado em 1 junho, 2013, por em Notícias.

Gabriella Pinheiro
2º período de Jornalismo da UFOP

No último dia do 9º ENHM ocorreu a mesa temática “História da imprensa em MG” mediada por Frederico Tavares, professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Os convidados Francelina Drummond, da Editora Liberdade; Jairo Faria Mendes, da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ); e Paulo Bernardo Vaz, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) , abordaram o período da imprensa em Minas Gerais, a partir século 19.

A mesa mostrou que a imprensa mineira representava a sociedade e confirmava a existência das cidades através do olhar dos viajantes. A imprensa ouro-pretana revelava uma sociedade intelectualizada. Em vários casos, a produção estava sintonizada com a imprensa da corte (séc. 19, Rio de Janeiro).

Um dos destaques da conversa foi a constatação de que 140 títulos de imprensa foram produzidos em Ouro Preto, sendo alguns deles: Imprensa Sindical, Imprensa Religiosa, Imprensa Literatura, entre outros. Esse material está adormecido, pronto para ser consultado.

Ao final da mesa, o convidado Jairo Faria Mendes distribuiu para o público um exemplar do livro “Impasses e perspectivas da Imprensa em Minas Gerais”, feito em conjunto com a Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) além da revista de poesia “Desencontro Desmarcado”, do Festival de Inverno de São João del Rei.

formats

9º ENHM desenvolve debate sobre história midiática no Brasil e em Portugal

Publicado em 1 junho, 2013, por em Notícias.

Marília Mesquita
2° período de jornalismo – UFOP

Marialva Barbosa, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ), ministrou palestra na tarde de sábado (1/6) na mesa “Interfaces da História da Mídia no Brasil e em Portugal”, com a participação dos professores Eduardo Meditsch, da Universidade Federal de Santa Catarina, e Rogério Santos, da Universidade Católica Portuguesa.

Marialva destacou que um 9º Encontro Nacional de História da Mídia apenas confirma a importância que pesquisadores e profissionais da comunicação têm dado, no Brasil, ao debate e trocas de informações sobre a historia dos difusores da notícia. Ela relembrou que, em 2001, durante uma reunião na Associação Brasileira de Imprensa, foi constituído a Rede Alfredo de Carvalho (Rede Alcar), com o propósito de preservar a memória da mídia e, em 2008, em assembléia durante o 6° Encontro Nacional de História da Mídia, foi fundada a Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia (Alcar) que vem realizando, desde então, eventos científicos para apresentação de pesquisas em grupos de trabalhos.

Em Portugal, no entanto, ainda não há um movimento nacional para a comunicação, contando apenas com a colaboração da Comunicação Europeu da Investigação e Associação de Educação (ECREA), que é centrada no estudo dos media e promove a pesquisa e o ensino na educação superior em toda a Europa.

Os professores falaram da pouca colaboração entre os dois países no estudo da comunicação, já que ambos possuem perspectivas voltadas a criações inglesas, ora por preconceito para com produções portuguesas, ora por uma herança sentimental de inferioridade. Apenas recentemente, com a realização de eventos científicos, as comunidades estão começando a se conhecer e a se respeitar como relevantes no cenário da mídia. Eduardo Meditsch concluiu ressaltando que a mídia é medíocre apenas decorrente de opiniões humanas, o que leva a crer que pode ser transformadas.

formats

Mesa discute metodologia para organizar a produção do pensamento comunicacional brasileiro

Publicado em 1 junho, 2013, por em Notícias.

Ana Elisa Siqueira

A mesa temática PensCom Brasil, mediada por Sônia Jaconi, contou com a presença dos representantes regionais do projeto PensaCom. O professor José Marques de Melo é o idealizador do projeto, que tem sede na Cátedra UNESCO, em São Paulo. A ideia surgiu em 2004, mas foi a partir de 2010 que começou a ganhar visibilidade. O PensaCom tem como objetivo fazer uma cartografia do pensamento comunicacional brasleiro e, para isto, conta com colaboradores dos chamados sub-projetos.

Atualmente, existem seis sub-projetos regionais do PensaCom: Unesp, em São Bernardo/SP, Unesp, em Bauru/SP, UFAL, em Maceió/AL, UFPI, em Teresina/PI, UFG, em Goiás/GO e UFOP, em Mariana/MG. Cada grupo regional tem autonomia para direcionar e desenvolver a pesquisa, sendo que cada Estado é responsável por buscar apoio financeiro para patrocinar o projeto. Dois projetos já estão prontos para serem lançados em 2013, ano de comemoração dos 70 anos de José Marques Melo. O Estado do Piauí lança em setembro e, em outubro, o Estado de Alagoas.

Apesar da liberdade de cada projeto, todos buscam identificar e analisar o pensamento da comunicação social brasileira. Juçara Brittes, que coordena o PensaCom-UFOP destacou que o projeto visa ao compartilhamento da produção comunicacional, além de documentar o estudo, já que a sociedade brasileira valoriza a cultura do documento físico.

Ricardo Ferro (UFAL) elogiou o idealizador do projeto e disse que ele é um grande motivador para que os pesquisadores tenham uma participação ativa. A pesquisadora Roseméri Laurindo (URB) destacou que o PensaCom é uma forma de garantir que a história da comunicação não se perca. Concluiu, ainda, que o projeto quer expandir o pensamento comunicacional para além do meio acadêmico.

formats

Ditadura é um dos temas centrais nas discussões do 9º ENHM

Publicado em 1 junho, 2013, por em Notícias.

Marília Mesquita
2º período de jornalismo – UFOP

A quinta mesa temática apresentada no 9º Encontro Nacional de História da Mídia, em parceria com o Fórum das Letras, trouxe em debate “Mídia e Ditadura”, com mediação da professora Marta Maia, da Universidade Federal de Ouro Preto. Estavam presentes Audálio Dantas, Paulo Markun e Lucas Figueiredo, três relevantes jornalistas desse cenário genuíno da história política brasileira.

Na perspectiva do que foi a ditadura e sendo a imprensa a porta voz da sociedade, Audálio Dantas apresentou fatos da vida de Vladimir Herzog, diretor de jornalismo da TV Cultura e defensor ativo da restauração democrática após 1964, que, após ser convocado a prestar esclarecimentos sobre ligação com o Partido Comunista Brasileiro por agentes do II Exército de São Paulo, foi preso, torturado, morto e incriminado de suicídio pelo DOI-CODI.

Na retrospectiva do período, a mesa relembrou que durante os 21 anos em que os militares efetivamente assumiram a Presidência no Brasil, a imprensa foi alvo de controle, desde os primeiros anos. Jornalistas demonstravam resistência ao sistema vigente no país e se posicionavam pelo rompimento com a ditadura em jornais alternativos. Com o AI-5 e a proibição de atividades ou manifestações sobre assuntos de natureza política, os veículos de comunicação foram oficialmente censurados e, a partir daí, a grande mídia compactuava com os anos de chumbo.

Paulo Markun, idealizador do portal “Brado Retumbante”, destacou a importância de se ter conhecimento das versões dos fatos. “Se uma parcela dos difusores de informação denunciaram e rebelaram contra, uma outra parcela atuou a serviço da repressão e como instrumentos da própria ditadura”, destacou ele. Segundo Markun, é desse passado não contado ou pesquisado que deve-se duvidar, questionando a atuação dos suportes de informação do período.

Através da Comissão da Verdade e da possibilidade de apurar a violação dos direitos humanos por civis e militares, Lucas Figueiredo, pesquisador da comissão, ressalta a releitura de arquivos como esclarecimento das tragédias familiares e humanas. “Há muito para falar do período Militar brasileiro”, destacou. De acordo com Marta Maia, as novas revelações acerca do assunto devem completar os registros dessa história de longas interpretações.

formats

Parceria com o Fórum das Letras promove debate sobre Jornalismo e Literatura

Publicado em 1 junho, 2013, por em Notícias.

Maria Augusta Tavares

Na segunda parte do minicurso “Jornalismo e Literatura”, ministrada pelo escritor, jornalista e redator da revista Época, João Gabriel de Lima, ampliou o conhecimento dos congressistas sobre o tema. A oficina foi realizada no 9° Encontro Nacional de História na Mídia em parceria com o Fórum das Letras de Ouro Preto.

João Gabriel, com clareza e bom humor, apresentou textos de Lillian Ross e Gay Talese como proposta de análise, e realizou, com os participantes, a interpretação da obra dos jornalistas. Ele apresentou alguns perfis escritos por eles, como o famoso perfil de Frank Sinatra escrito por Gay Talese, que possui um dos trechos mais comentado no jornalismo literário: “Sinatra resfriado é Picasso sem tinta, Ferrari sem combustível-só que pior”.

Ao conversar com os participantes, indicou alguns livros importantes para pessoas que cultivam uma boa leitura e, principalmente, para futuros jornalistas. Entre as indicações estão os livros “O Reino e o Poder”, “Vida de Escritor”, ambos de autoria de Gay Talese. O redator defende que é importante cada um buscar encontrar seu perfil de escrita para compor sua maneira de escrever, sua autoria.

Confira a primeira parte da oficina: A literalidade no jornalismo, em texto de Raquel Satto.